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Farofa-fa e o brega-universitário

Ainda sobre o post de ontem, permito-me algumas observações.

Raul Seixas não participou do festival Abertura, em 75, porque já era um sucesso absoluto naquele ano. Depois da aparição no FIC de 72, com o rock-baião “Let Me Sing”, Raulzito emplacou uma carreira ascendente que culminou com o hit “Ouro Tolo” que bombou nas rádios no ano seguinte.

“Farofa-fa”, de Mauro Celso, e “Tamanco Malandrinho”, da dupla Tom e Dito, foram as canções de maior repercussão popular naquele festival.

Mauro Celso fazia bem o estilo ‘povão’. Diria que foi um dos precursores do brega-universitário tão em moda nos dias atuais.

Mas, não teve sequer tempo para usufruir a breve popularidade.

Morreu em acidente de carro meses depois.

O show de encerramento do Abertura esteve a cargo de João Bosco, também vivendo uma fase mais do que auspiciosa ao lado do parceiro Aldir Blanc.

Já no Festival da Tupi em 79 o grande frisson quem causou foi Walter Franco.

O cantor e compositor paulistano participou com a música “Canalha” – e ficou em terceiro lugar.

O auditório quase vinha abaixo quando Walter respirava fundo e gritava a plenos pulmões:

“É uma dor… CANALHA!”

Era uma catarse que os intelectuais de plantão diziam ser um grito contra a ditadura.

Nos bastidores, Caetano passeava com a sua Vera Gata e Fagner, quando soube, que venceu a competição, deu de ombros:

— O que eu quero é cantar, disse a este modesto repórter.

Pois é, meus caros, a vida é dura.

E o Degas aqui já estava na labuta…