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Fazer do Ipiranga mais Ipiranga

"O melhor da vida é o passado, o presente e o futuro." (Pier Paolo Pasolini)

01. A diretora-presidente de Gazeta do Ipiranga, Araci Bueno, recebe hoje mais uma homenagem das lideranças empresariais da região. Foi indicada pelo Conselho da Mulher Empresária da Distrital do Ipiranga da Associação Comercial de São Paulo para receber um dos 18 troféus de Personalidade do Ano no evento que marca oficialmente a abertura das festividades de 415º aniversário do bairro do Ipiranga. Assim como a Cidade de São Paulo, que por três vezes reverenciou o trabalho de Araci à frente do jornal (concedendo o título de Cidadã Paulistana, o Diploma de Gratidão e a Medalha Anchieta), agora é a vez da Comissão dos Festejos do Bairro saudar a trajetória de empenho e determinação da diretora-presidente nesses 38 anos de jornalismo no bairro.

02. Sem medo de parecer imodesto, permito-me dizer que essa homenagem é mais do que merecida. Vale lembrar que a luta de Araci foi importante para todos que vivem e moram na região. Um trabalho pioneiro, corajoso num bairro que, no início dos anos 60, projetava seu desenvolvimento em diversas direções — social, empresarial, esportiva e cultural — e que, mais do que nunca, precisava de um instrumento que integrasse toda a comunidade em nome de um objetivo único: o bem estar da coletividade. Sob o comando de Araci, Gazeta do Ipiranga foi (e continua sendo) o porta-voz de todos esses anseios e projetos que fizeram do Ipiranga mais Ipiranga, como bem escrevia o saudoso médico e colunista de GI, Dr. João Yazbeck.

03. Mas, não foi apenas o Ipiranga que ganhou com o trabalho de Araci Bueno. Importantíssima também foi sua liderança junto a outros jornais de bairro da Capital para fortalecimento do veículo como meio de comunicação junto ao público leitor, aos anunciantes e às agências de publicidade. Foi na década de 70 que os principais jornais de bairro da Capital deram um salto qualitativo e se consolidaram como publicações respeitáveis e de indiscutível credibilidade.

04. Aliás, esse foi um momento único na História do País. Um momento da transição democrática, da luta pelo fim do regime ditatorial e de organizar a sociedade para o desafio de novos tempos. Os jornais de bairro cumpriram sua função social. Incentivaram a criação e o fortalecimento das associações, clubes de serviços, sociedades de amigos do bairro, entre outros. Promoveram o legítimo anseio da população de reivindicar uma melhor qualidade de vida. Como intermediários entre o povo e as autoridades, souberam espalhar a semente fértil de um fruto chamado cidadania que hoje é pedra de toque para toda e qualquer transformação social rumo ao Terceiro Milênio.

05. Sei que no dia-a-dia profissional a primeira regra de Araci é a do jornalista não se transformar em notícia. Ela não vai gostar nada, nada de ser tema do Caro Leitor desta semana. Vai dizer que há assuntos mais relevantes e que não há nada de extraordinário em dedicar toda uma vida a uma comunidade como a do Ipiranga. Não há outro jeito de ser jornalista. Reconheço que, mais uma vez, ela tem razão. Só que todos nós de GI queremos cumprimentá-la e dizer que seu espírito desbravador fez escola e consolidou os jornais de bairro como uma grata realidade desta megametrópole chamada São Paulo. Quem hoje segue por essa trilha obrigatoriamente haverá de reconhecer que um dia alguém acreditou na nobreza de um sonho chamado cidadania e o transformou em realidade em prol de uma sociedade mais justa e democrata… Todos nós de Gazeta do Ipiranga.

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