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Felipão não quer dançar

O repórter Ivan “Brincalhão” Moré, do Globo Esportes, propôs uma brincadeira ao técnico Luiz Felipe Scolari. Se Adriano “Michael Jackson” fizesse três gols no “clássico” da Copa do Brasil, Palmeiras e Comercial do Piauí, ele (Scolari) ensaiaria uns passinhos de dança aos moldes do artilheiro baiano, recém-chegado ao Verdão.

Foi na coletiva antes do jogo de ontem.

Felipão topou meio sem jeito até para acompanhar o bom humor do jovem repórter.

Apostas, brincadeiras e provocações divertidas eram comuns no futebol.

Desapareceram em nome do “politicamente correto” e também em função da onda de violência que cerca os estádios.

Nos idos dos anos 70, o polêmico jornalista Geraldo Bretas fez uma afirmação que lhe custou a cabeleira grisalha e bem-cuidada.

Dias antes do Choque-Rei, Palmeiras e São Paulo, o jornalista disse que rasparia a cabeça caso o centro-avante Mirandinha do São Paulo fizesse gol na defesa palmeirense, com a zaga formada por Luiz Pereira e Alfredo.

Depois de uma passagem controvertida pelo Corinthians, Mirandinha foi vendido ao Tricolor e desandou a fazer gols.

Também em um programa de Esportes no horário do meio-dia, na histórica TV Tupi, Bretas cravou o prognóstico – e “pagou” o preço devido.

O São Paulo venceu o Palmeiras por 2×1.

Mirandinha fez dois gols.

Na segunda-feira, lá estava Geraldo “Cabeça Raspada” Bretas num tempo (é bom que se explique) em que só presidiários usavam esse corte de cabelo.

Grande e saudoso Bretas!

Pressionado pelos repórteres após o jogo de ontem, Felipão preferiu adiar o pagamento da aposta.

Saiu pela tangente.

Disse que o combinado era o seguinte:

Se o bom baiano fizesse três gols, ele dançaria.

Acontece que Adriano marcou quatro gols – por isso, ele estava dispensado de pagar a aposta.

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