Foto: Arquivo Pessoal
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Uma lembrança feliz.
Voltemos a outubro de 2011.
Passo alguns dias em Cuba, antigo desejo meu de conhecer a icônica Ilha.
Me hospedo, por dois ou três dias, em Varadero, paraíso de pequenas e acolhedoras praias que se sucedem a hora e meia de Havana.
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Lá conheço Félix. o faz-tudo de plantão no hotel.
É um negro alto, esguio; de sorriso largo.
Tem uma rotina de fazer inveja a qualquer superman desses que andam pela aí.
Vou relembra-la aqui para que o caríssimo leitor a conheça.
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Por volta das 11 da manhã, com estridentes apitos, convoca os turistas para uma sessão de ginástica dentro das águas quentes do mar caribenho.
Só sossega o apitaço, quando reúne dezenas deles alinhados dentro d’água.
Aí se dá por feliz – e o silêncio volta reinar.
(Por alguns instantes, meus caros, por alguns instantes.)
É que o som de uma sacolejante rumba anima os incautos “atletas”.
A partir deste momento, Félix deixa transparecer toda a sua felicidade ao capitanear ritmicamente os incautos dançarinos de primeira viagem.
Nem bem termina a brincadeira, lá está Félix e sua turma de volta à areia.
Agora, ao ritmo do chá-chá-chá, ele é o professor de uma aula de danças.
Todos se divertem.
Até mesmo os empacados por natureza, como eu, que se alegram só em olhar a festa que turba faz.
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Meio da tarde, o sol bate e se inclina por toda a extensão da piscina.
O convite à meditação e ao descanso é novamente interrompido por um som que todos, no lugar, identificam logo.
Pois é…
Félix está a toda.
Convoca o pessoal para partidas de vôlei na quadra a poucos metros de distância.
Logo arregimenta três times que se alternam em disputas que assim, ao longe, me parecem bem acirradas.
Entre os atletas é possível identificar idiomas os mais diversos.
Félix ora completa uma das equipes ora é o implacável juiz das partidas.
Haja fôlego!
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À noite, após o jantar, o letreiro em frente a um dos salões do hotel anuncia atração imperdível:
Latin Music Show, com dançarinos, músicos e cantores.
Entre os quais um “invistado” do Buenas Vistas Social Club.
Desde o primeiro dia que se chega a Cuba, os shows de música caribenha, com a presença de um ex-participante do grupo mais famoso do país, são uma constante na vida do turista.
Mesmo confiando/desconfiando do letreiro, vale a pena dar uma espiada.
Vamos nos alegrar na certa. Os ritmos são invariavelmente contagiantes.
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Dentro do anfiteatro para 200 pessoas, abrem-se as cortinas e as luzes todas concentram-se na figura enigmático do mestre de cerimônia do espetáculo.
Negro, alto, esguio, vestindo um lustroso terno cinza, adivinhem o nome do homem que, cerimonioso que só, nos dá boas vindas?
Félix, o tal.
Ainda bem que, ao menos nessa função, ele não fez uso do tal apito.
Em todo caso, preparei os ouvidos…
Com Félix, o incansável, por perto, nunca se sabe.
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O que você acha?