O pai, a mãe, as irmãs, o cunhado, os tios, as brincadeiras de menino, as lembranças da Copa de 1958, o Palmeiras, os amigos de infância – eis os personagens e a inspiração para a coletânea de que pretendo lançar, ainda este ano, em livro impresso.
Sim, impresso, livro… Sou das antigas, meus caros e amáveis cinco ou seis leitores bem sabem, e agradeço a compreensão.
Juntam-se a esses textos algumas crônicas que publiquei sobre o Natal nos jornais onde trabalhei – e me empurravam essa tarefa – e em nosso Blog prestes a completar 10 anos.
O título é ainda provisório e deve ser “O Natal, o Menino e o Sonho” e o livro pretende ainda que modestamente fazer uma homenagem ao bairro do operário do Cambuci, onde nasci e me criei.
Tenho este fim de semana para ajustar os originais e enviar à editora. Por isso, e para entrar no clima do trabalho que me espera, quis apresentá-lo hoje aqui.
Como diria aquele velho tocador de trombone, que morava na Muniz de Souza e acordava a todos com seus exercícios sonoros, “é para não perder a embocadura”.
Quem sabe ainda participo da Bienal de São Paulo.
Deve ser divertido…
O que motivou o livro?
Vamos lá…
Em tempos de desesperança, como os que hoje vivemos, parece-me oportuno o mergulho a tempo, digamos, mais singelo, de maior encantamento e quando ainda se vislumbrava um futuro promissor para este Brasil de Meu Deus.
Quem sabe se, ao resgatarmos a criança que um dia fomos, não saberemos superar, com a leveza que nos resta, os sinuosos caminhos que ora nos obrigam a percorrer.
Não está fácil, eu sei.
Mas não podemos perder a ternura e a fé.