O velho mundo está a morrer.
O novo demora a aparecer.
E neste claro-escuro surgem os monstros.
*Gramsci, Cadernos do Cárcere
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* Recolho nas redes sociais o post de hoje.
(Tanto a foto como a frase.)
Para uma segundona – a última de novembro – cinzenta como a que hoje enfrentamos, desconfio que está de bom tamanho.
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* O filósofo e pensador italiano Antônio Gramsci (1891/1937) foi um dos intelectuais que fez a cabeça da minha geração. Considerado como teórico da segunda geração da Escola de Frankfur, sua sofisticada proposta de implantação do regime socialista – com base na cultura, na educação e na consciência social – era tema de discussões sem fim nos bares e becos da vida.
Não sei até que ponto o entendíamos plena e profundamente.
Nas aulas do secundário, o prof. Cassimiro se esforçava para clarear nossos estudos e ideias.
“Tentem fazer a interpretação do que leem à luz do bom senso. Gramsci é um humanista. Pensa no indivíduo, mas não abre mão da sociedade como um todo, o coletivo.”
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Gosto de uma frase de Gramsci que memorizei naqueles idos – e a repeto à exaustão todos esses anos.
É mais ou menos assim:
“O importante é ser otimista na ação e cético no pensamento.”
Traduzo do meu jeito:
Saber dos problemas que existem, mas não titubear em enfrentá-los.
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Recebo a mensagem hoje cedo no zap.
Reflito sobre o velho e o novo mundo que não tem hora pra chegar.
Nos monstros todos que andam à solta por aí.
Que brabeza!
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A indefinição de sempre.
Me faz lembrar os idos do jovem que fui ao lado de amigos barulhentos que sei lá onde andam.
Eles se diziam roqueiros e libertários.
Tínham como referência – além das aulas do prof. Cassimiro – o filme Easy Rider e a inesquecível trilha sonora.
Sempre fui mais MPB, mas embarcava na deles. De boa…
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O que você acha?