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Furacão Erundina

O furacão “Erundina” varreu as urnas na eleição municipal de 88. O pleito se realizava em apenas um turno. O vencedor levava. Foi a primeira vitória expressiva do Partido dos Trabalhadores – e, de certa forma, referendou e alçou ao patamar de realidade a candidatura Lula para presidente no ano seguinte sem mais jurumelas.

A esquerda tinha nomes fortes, então. Um leque que se abria com Mário Covas, tinha Ulysses Guimarães e passava pelo então imbatível governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. Havia também Roberto Freire, pela histórica sigla do PCB.

O metalúrgico e líder sindical corria por fora. Os campeões de votos – e maiores ameaças ao sistema – eram Ulysses, o então Sr. Diretas, e o incendiário Leonel Brizola. Brizola que, em seus longos discursos à la Fidel, dizia que o primeiro ato de seu governo seria “acabar com o monopólio da Rede Globo”.

Nunca é demais lembrar que, para vencer e se tornar prefeita em 88, Erundina derrotou Paulo Maluf (PDS), José Serra (PSDB) e João Leiva, do PMDB quercista.

A partir de então, e com o respaldo do maior colégio eleitoral do País, a militância do PT foi às ruas acreditando que o sonho era possível…

É certo que havia “um fio desencapado” chamado Collor no meio do caminho.

Mas esta é uma outra história de eleições que fica para uma próxima vez…

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