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Futebol, política e sociedade

Retomei hoje as aulas do pós em Jornalismo Esportivo, curso que o jornalista Fábio Seixas coordena na Faap.

O tema – Futebol, Política e Sociedade — vem a calhar para os incertos acontecimentos do dia.

Comecei minha peroração, dizendo aos alunos que tais assuntos são indissociáveis. Desde sempre, acrescento.

Mas acrescento que, nesses aludidos tempos pós-modernos, é assim e assim será cada vez mais.

Leva a melhor quem tem mais garrafa vazia para vender, como se dizia nos tidos, idos e havidos.

Haja visto a indicação de para Autoridade Olímpica (é assim que se diz?) do Brasil de Henrique Meirelles, recentemente aprochado do cargo de presidente do Banco Central, onde esteve por nada menos que 8 anos. Há setores que não contavam com a astúcia da presidenta Dilma – e já se imaginavam tal qual a raposa a tomar conta do galinheiro.

Um fato marcante que, no entanto, ficou ofuscado entre as machetes do dia: a posse de Romário como deputado federal, em Brasília. O futevolei, quem diria?, chegou à Esplanada.

No âmbito esportivo, o Baixinho congressita perdeu para a repercussão do sapeca-iá-iá que a seleçãozinja impôs ao Chile em plena madrugada: 5×1. Olheiros de todos os clubes do mundo estão no cálido Peru a resfastelar-se de encantamento e cifrões pelo futebol de Neymar, Lucas & Cia.

Como segurar a baba e a gana, se olhar os negócios feitos no último dia da tal "janela de contratações" do calendário europeu. Só o Chelse gastou em suas comprinhas de última hora – o atacante Torres e o brasileiro David Luiz – em torno de 190 milhões de reais.

Tá bom ou quer que mexe?

Pois então…

Sei que de há muito o futebol deixou de ser apenas um esporte (se é que um dia foi apenas e tão somente), mas agora a pegada é bem outra.

Não há espaço para amadores, poetas, puristas e para quem se vale do mínimo do bom senso.

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