Meus Caros Amigos – este deveria ser o nome do Blog.
Entendo perfeitamente o comentário que o Escova fez a algum tempo, pois é a emoção de lembrar algumas histórias e alguns companheiros de idas jornadas que move o meu diário enfileirar de letrinhas.
Por inspiração de outro amigo, o Nascimento Júnior, inspirei-me no título de filme do italiano Pietro Germi com direção de Mario Monicelli para nomear meu segundo livro “Meus Caros Amigos – Crônicas sobre jornalistas, boêmios e paixões”, lançado em 2010.
Ali reuni algumas crônicas sobre o cotidiano da turma que se reunia, dia sim e outro também, naquele Sujinho (que não mais existe) na esquina da rua Bom pastor com a rua Greenfeld, onde o Sacomã torce o rabo e o ônibus Fábrica/Pinheiros bufava e rangia ao fazer a curva e seguir seu rumo.
Resumo aqueles dias, com os versos de Ataulfo Alves:
“Eu era feliz, e não sabia”.
Éramos felizes…
Não que hoje não sejamos. Mas, aqueles dias, digamos, eram mais plenos, mais intensos.
II.
Faço esse prólogo para saudar a visita do amigo Durval Freire em nosso modesto Blog eu não o vejo há anos e sequer tinha notícia do bendito. Dia desses, ele comentou o texto “O Marqueteiro” que escrevi para a Revista Brasileira de Marketing Político e aqui disponibilizei em 26 de julho de 2010.
Olhem, caríssimos e raros cinco ou seis leitores:
O que é a natureza!
O que faz a internet!
Também o Durva se deliciou a ler sobre o marqueteiro em questão: o nosso parça José do Nascimento que tanto eu como o Durval e nosso bando de malucos-belezas conhecemos tão bem, e tanta falta nos faz ainda hoje.
E, como uma recordação sugere outra, a galeria de tipos diversos vai invadindo nossa mente: o AC, o Toró, o Made, o Júnior, o Manoelino, o Almeidinha, o Juquinha e outros tantos e tamanhos.
III.
O Durval, acredito eu, certamente se lembrou do tempo em que foi (e dos bons) administrador regional do Ipiranga (equivale a subprefeito hoje) da gestão Mario Covas (83/85) por indicação do nosso outro grande amigo, o então vereador Almir Guimarães.
No dia da posse do Durval, o Nasci preparou todo o cerimonial. Horas antes, comandou uma espécie de ensaio de como o Durva teria que falar o discurso de posse, com ritmo adequado e pausas dramáticas.
“Vocês sabem: fui produtor da TV Record nos áureos tempos. Já fui bom nisso…”
O Nasci era mesmo uma figuraça – e nós, seus discípulos. Se pouco ou quase nada aprendemos sobre a vida e os amores, foi por absoluta deficiência nossa, e não por falta de histórias do nosso mestre e guru.
Grande abraço, Durval. Feliz por ler você aqui!