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Guernica – 80 anos

Em 26 de abril de 1937, a pequena localidade de Guernica, símbolo de liberdade do povo basco, foi destruída pela aviação alemã a serviço do general Franco. Pela primeira vez na história dos confrontos militares, o ataque estava dirigido exclusivamente à população civil com o propósito de fazer o maior número possível de vítimas. Escolheu-se um dia de feira-livre, quando boa parte das pessoas estavam nas ruas e desprotegidas.

O ataque utilizou explosivos com alta carga de destruição. Foram lançadas bombas que atingiam as pessoas e outras tantas incendiárias que fizeram a aldeia arder por vários dias. Mais de 1600 inocentes morreram e outros milhares ficaram gravemente feridos.

O núcleo urbano foi devastado com a queda de 70 por cento dos prédios que ali existiam.

Três dias mais tarde, o exército franquista ocupou a cidade, sob o comando do general Emílio Mola Vidal.

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Para a comunidade internacional, a informação sobre os horrores do bombardeio foi ampla e rapidamente divulgada graças à ação dos correspondentes estrangeiros que se encontravam em Bilbao no momento do ataque.

Pablo Picasso viu as imagens do que aconteceu pelos jornais da época.

A manifestação convocada para o dia 1º de maio a fim de celebrar o dia Internacional do Trabalho caracterizou-se pela repulsa mundial ao descabido ataque ao povoado.

Apoiaram a manifestação, entre outros segmentos sociais, os intelectuais e os artistas espanhóis então radicados em Paris. Inclua-se o nome de Pablo Picasso.

Constam que são deste dia os primeiros esboços que ilustram o desespero dos personagens que habitam o célebre e histórico painel do artista intitulado “Guernica”.

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Madrid, 2017.

O Museu Reina Sophia abriga a exposição “Piedad y Terror en Picasso – El caminho a Guernica” para reverenciar os 80 anos da criação da mais emblemática e representativa obra de Picasso.

É a peça principal do acervo da renomada instituição; de longe, a obra mais procurada pelos visitantes oriundos de todas as partes do mundo.

Na antessala do espaço onde se encontras a obra está o texto acima (em tradução livre deste humilde escriba.

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Vale conhecer o passado. Para não comprometer tragicamente o presente e, assim, destruir um futuro de paz e fraternidade para TODA humanidade.

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