Chico Pinheiro, oh!, deixa eu lhe dizer:
A escola de samba que ontem abriu o Carnaval de São Paulo é a Imperador do Ipiranga.
Do Ipiranga.
E não se restringe à comunidade de Heliópolis, como o douto apresentador repetiu dezenas de vezes ao longo da transmissão da TV Globo.
Nada contra Heliópolis.
Longe disso.
Apenas para que as coisas fiquem muito bem explicadinhas, nos seus mííííííínimos detalhes, como diria aquele antigo personagem de A Praça é Nossa.
Digo-lhe mais:
Grande jornalista e entendedor das origens das escolas de samba paulistanas que é, sabe muito bem que a Imperador nasceu, lá pelos idos de 1968, em uma área do subdistrito do Ipiranga chamada de Vila Carioca.
Foi justamente pelas ruas da querida Vila Capocha, como também é carinhosamente conhecida no pedaço, que a Imperador fez seus primeiros desfiles.
Desfilava por desfilar.
Para alegrar a gente sofrida que morava naquele canto do mundo e que, em todo o verão, sofria com as fortes chuvas e inevitáveis enchentes.
Um de seus fundadores, o advogado Laerte Toporcov, sempre contou essa história.
Aliás, ouvi a versão do Toporcov durante os quase 20 anos que cobri os desfiles de escolas de samba paulistanas. E o tal falava com tanta empolgação que, certa vez, ele me pareceu o próprio Imperador do Ipiranga falando de seu amado reino.
Reino que, na verdade, tinha seu reduto ali na rua Vemag, onde a própria Leci Brandão, que o acompanhou nas transmissões de ontem, cansou de fazer shows e mandar os tradicionais abraços aos compadres e comadres "da comunidade da Vila Carioca”.
** FOTO NO BLOG: JÔ Rabelo