Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

Jovem Guarda, 60 anos (7)

Posted on

Foto: capa do disco O Inimitável/Reprodução/Arquivo

Eduardo Araújo, Ronnie Von ou mesmo o incontrolável e talentoso Tim Maia – nem eles, nem outro Pimpão da turma chegou a verdadeiramente ameaçar a soberania de Roberto Carlos, como o Rei da Juventude, naqueles idos.

Se alguém causou algum incômodo ao Rei, diria que foi um desconhecido capixaba (da pequena cidade de Alegre) que atendia pelo nome de Paulo Sérgio (1944/1980).

O moço surpreendeu a todos no início do ano de 1968. Emplacou três enormes sucessos ao gravar um despretensioso álbum pela pequena Caravelle – Benzinho”, “No Dia em Que Parti” e a chorosa “Última Canção” que, por si só, bateu recordes de execução e vendagens.

Um espanto!

É bem verdade que o programa Jovem Guarda e mesmo toda a programação musical da TV Record (mesmo os festivais) já davam sinais de exaustão junto ao grande público. Roberto, por sua vez, já ensaiava uma mudança no encaminhamento da carreira. Orientado pelo seu staf, vislumbrava novos horizontes – inclusive no âmbito internacional – pautado especialmente para a música romântica.

Mesmo assim, causou estranheza o aparecimento de alguém até então desconhecido a ocupar naqueles primeiros meses de 68 – março, abril, maio e junho – o topo das paradas de sucesso no lugar das canções de Roberto e Erasmo.

Diga-se que, em quase tudo, Paulo Sérgio era similar a Roberto Carlos. No tom anasalado da voz, no jeito cantar, mesmo na fisionomia e, assim como RC, o cara ainda era natural do Espírito Santo.

A resposta do Rei veio no tom que se esperava de sua majestade.

Em meados de julho a CBS, a gravadora de Roberto, lançou o tradicional elepê “As 14 Mais…”, álbum em que reunia os principais nomes do elenco de contratados. A música de Roberto Carlos era a faixa principal.

Nada menos que “Eu te amo, te amo, te amo”.

Dias depois, saía o compacto do Rei com as faixas “Eu te amo, te amo, te amo” (dele e do Erasmo) e, no lado B, a romântica “Com amor, muito carinho”, de Eduardo Araújo.

E lá se foi Roberto, como de hábito, para o primeiro lugar das paradas de sucesso.

Só no final de 1968, quando lançou o álbum anual, Roberto passou o recibo.

O disco chamou-se “O Inimitável”.

Ainda nenhum comentário.

O que você acha?

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verified by ExactMetrics