Há pessoas que se habituam a errar os mesmos erros. A chorar a mesma lágrima. Lamentam-se da sorte, dos outros, da vida que não lhe sorri. Não raras vezes, isolam-se em um mundo de equívocos e alucinações. Esperam diuturnamente que a felicidade, um dia, bata à porta. Ou melhor, ligue para elas de uma central de telemarketing celestial, ofertando-lhes todas as delícias do mundo.
Ledo, ivo e relativo engano.
II.
Vou lhes contar o meu drama – e o porquê do desabafo.
Sempre adio decisões tomadas e sacramentadas.
Distração, relaxo, rasa determinação.
Seja qual for o motivo, não retirei o meu nome do tal cadastro geral das pessoas que não querem ser incomodadas pelas empresas de telemarketing, com eventuais consultas.
Desde que a lei foi assinada, penso nisso.
Só não fui às vias de fato…
III.
Vejam a situação que hoje vivi.
Preciso porque preciso de uns 20 minutos de sono logo após o almoço.
Hoje será um longo dia.
Acordei às seis da matina. Vou trabalhar até às 23…
Consegui uma horinha de folga.
Corri para casa, almocei, e me ajeitei para a merecida sesta.
Em menos de 10 minutos, caros, o telefone tocou quatro vezes – duas operadoras de cartão, uma de telefonia celular e um banco.
Não aceitei as propostas, óbvio.
Mas, não consegui pregar os olhos.
Estou em cacos…