Cajuína
Caetano Veloso
“Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina”
II.
Leia Esta Canção está presente
em nosso site e no blog.
Com propostas distintas,
porém iguais.
A diversidade se dá
por conta do conteúdo.
III.
No site, o ícone Leia Esta Canção,
aí na barra ao lado,
nomeia o espaço em que
tento reunir “reportagens,
entrevistas, comentários,
pitacos e divagações
sobre música popular
(quase sempre) brasileira”.
Textos que escrevi
ao longo dos meus 34 anos
de carreira. Diria que uma
significativa parte deste tempo
vivi, mesmo que anonimamente,
a cultuar o universo da MPB.
Aos poucos, pretendo
Ir postando ali este material
que tenho – não todo,
é claro – em papel jornal.
É uma promessa que
hoje refaço a vocês –
até para me obrigar
à tarefa de digitar e
postar todo material.
Acho que já perceberam
que sou algo dispersivo.
Mas, não me queiram
mal, por favor…
IV.
Já no blog, os posts
sob a temática
Leia Esta Canção não
aparecem desde
14 de setembro e têm
por objetivo explicar,
ainda que em breves
linhas, os versos que
encimam nosso site/blog.
V.
O verso desta semana é
de autoria de Caetano Veloso,
da canção Cajuína, lançada
originalmente no disco
“Cinema Transcendental”.
“Existirmos – a que será
que se destina?”
Um momento bastante
denso do compositor baiano,
que enveredava no decorrer
dos anos 80 pela maturidade
de uma carreira única,
dentro da MPB.
VI.
É perceptível na letra
existencialista as divagações
de um poeta que se põe
distante da moda imposta
pelos meios de comunicação.
O que não significa dizer
que está em discordância
com os dias que vive.
Ao contrário.
Com notável domínio
das palavras, mostra-se
um autor muito além do seu
tempo, com coragem para
refleti-los e utopicamente
entendê-los…