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Leia esta canção 5

Vamos conversar sobre os versos que
deram luz e cor ao site nas últimas semanas:

I.

"Quando a vida me iluminou, a minha luz era você" – Cláudio Zoli

Descobri essa preciosidade quase sem querer, ainda por volta dos anos 90. Está na canção "Cada Um, Cada Um", de um dos primeiros discos solos deste carioca de São Gonçalo. A canção tem o subtítulo de "A Namoradeira", e fala de um reencontro. Tem outro verso de primeiríssima: "Lembrar você é quase um dom".

Zoli começou a carreira como vocalista do grupo Brylho ("A noite vai ser longa…, lembram?) e depois fez um discreta carreira solo – sempre navegando nas águas sonora do seu ídolo maior: Cassiano, autor de "Primavera", "A Lua e Eu", " Coleção, entre outros.

Em fim dos anos 90, com a explosão da música black. Zoli e a canção foram redescobertos pela mídia. Com muita justiça, diga-se.

II.

"Para sempre é sempre por um triz" – Chico Buarque/Edú Lobo

Da trilha sonora de O Grande Circo Místico, a canção Beatriz é uma obra prima de dois dos principais nomes da música popular brasileira. Na versão original os versos delicados aparecem na voz de Milton Nascimento que dá ao texto uma versão definitiva. O espetáculo de ballet nasceu em 1982 para performance do Ballet Guaíra, de Curitiba. Recentemente, foi relançado o CD com a trilha completa e mais uma gravação de Beatriz, interpretada pelo mestre Tom Jobim.

Confira e emocione-se:

"Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ah, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz".

III.

"Vida é fazer todo sonho brilhar" – João Bosco e Capinan

Outra canção especialíssima, "Papel Marché" é também lá dos anos 80, quando Bosco abriu a parceria para outros nomes que não fosse Aldir Blanc. Inspiradíssimo o poeta Capinan, um egresso da época dos festivais, fez a belíssima letra a saudar as "cores do sol" e a "festa do mar" e nos propõe a delicadeza do viver e do amar. "Dormi no teu colo é tornar a nascer" – outra imagem que engrandece a poesia da música popular brasileira.

De João Bosco, sua musicalidade, seu violão, pouco a acrescentar. Compõe, ao lado de Caetano, Gil, Chico, Mílton, Edú, Benjor, Paulinhoda Viola, Roberto e Erasmo, Djvan e Ivan Lins, o primeiro time da música popular brasileira, pós-bossa nova.

A obra desse pessoal deveria constar como matéria obrigatória de todo currículo escolar.

Estamos conversados!

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