De Torino, na região italiana de Piemonte, trouxe gratas lembranças.
Visitar a Catedral onde se encontra o Santo Sudário de Cristo é momento único.
O peregrino sabe que o que está vendo é uma réplica.
Recentemente, aliás, retomou-se a discussão sobre a legitimidade da peça que cobriu o corpo de Jesus depois de morto.
Mesmo assim, são tocantes as manifestações de fé que ali se vê.
II.
Outro momento de grande emoção foi o show de reveilon na praça central.
Um frio de lascar. 2 graus.
Houve show com grupo musical e coral.
Cantaram as belas canções que ouvia os tios e avós interpretarem nas comemorações natalinas – e mesmo por ocasião da Páscoa.
Foi de arrepiar a alma ouvir a multidão cantar o hino nacional italiano assim que soaram as doze badaladas.
Impossível não reverenciar, naquele preciso instante, avós e bisavós que deixaram a Bota para fazer a América no início do século 20.
O coração quase saltou pela boca.
III.
Torino é uma cidade ajeitada. De largas avenidas e amplas calçadas.
Não vive a badalação da vizinha Torino.
Em compensação, tem os Alpes como moldura. A lhe emprestar charme e beleza, ímpares.
Gostei inclusive do modestíssimo hotel.
Achamos a rua em minutos, próxima à estação ferroviária.
Difícil foi descobrir que a recepção ficava no quarto andar de um prédio.
E que a entrada era pelo mesmo portal que servia a uma viela residencial.
A hospitalidade compensou esses momentos de aflição.
No café da manhã, serviam croissants que eles próprios faziam.
Só de lembrar dá água na boca.
IV.
Os poucos dias que ali ficamos não nos foi possível assistir a nenhuma partida de futebol.
Foi naquela semana que os clubes param para as festas de fim de ano.
Como consolo, comprei uma camisa da Juventus e um capolino do Torino. Que meu filho, generoso que só, tratou de presentear amigos, fervorosos torcedores das duas esquadras.
Lamentei. Mas, preferi não reclamar.
É um ótimo álibi para tornarmos à bela cidade…