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Leonardo Boff, no "El País"

Trechos da entrevista do Frei Leonardo Boff
à jornalista Carla Jiménez,
publicada ontem no “El País”.

“Grande parte da população é anestesiada pela mídia, especialmente pela Rede Globo como todos os seus meios, entre outros meios situados em São Paulo, como a Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo. Estes veículos são os instrumentos ideológicos das elites e dos endinheirados do país que nunca se deram bem com a democracia e que querem continuar com a política do patrimonialismo pelo qual Estado e as empresas privadas fazem projetos milionários sobre os quais incidem vantagens monetárias ou postos de mando na administração. Os negócios viraram negociatas que estão na base da corrupção generalizada no país na forma de propinas ou supervalorização dos projetos”.

– Sobre a decisão da CNBB de reprovação às reformas de Temer:

“A CNBB sempre teve uma política social progressista, desde que foi fundado em 1950. Por um tempo, antes de se tornar objeto de críticas do Vaticano, a teologia corrente da CNBB era a teologia da libertação, cujo eixo estruturador é a opção pelos pobres contra a pobreza e a favor da justiça social. Então é natural que se ponha do lado dos vulneráveis e atingidos pelas medidas que tiram direitos do povo e dos pobres. O Papa Francisco não está na origem desta opção, mas ela a apoiou e reforçou”.

(…)

“O Papa Francisco tem um lado: está do lado dos pobres, dos refugiados, das vítimas do sistema que coloca todos os valores em termos monetários e adora a acumulação. Chama este sistema de anti-vida e assassino, o verdadeiro terrorismo contra a humanidade. Assim se expressou no avião, regressando da Polônia. Esta é a posição correta e que está na linha da Tradição de Jesus que chamou “bem aventurados os pobres” e advertiu os ricos “ai de vós ricos que já tendes vossa consolação”. O fato de por três vezes se encontrar com os movimentos sociais populares do mundo inteiro, mostra seu interesse de ouvir das próprias vítimas o sofrimento que padecem e ouvir deles quem produz este sofrimento. Aqui há uma atitude extremamente humanitária e ética em favor dos mais penalizados deste mundo”.

A íntegra:
http://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/26/
politica/1495833522_994721.html