Ando com ares portenhos nesta série Longe de Casa.
É que um assunto leva ao outro que leva a um terceiro e assim vamos indo…
Fiquei pensando.
Gosto de Buenos Aires. Até escrevi sobre isso no post Morar em Buenos Aires (11/1006) que teve uma seqüência surpreendente – inclusive para mim — com Morar em Buenos Aires – Parte 2 (24/11/06), de autoria da amiga Vanessa Schultz.
Mas, sou obrigado a reconhecer.
Os amigos argentinos não são fáceis. Mesmo na pindaíba em que o País deles anda, não querem ficar para trás em nada. Tente conversar com um deles. Verá que sequer nos deixam falar ou, quando falamos, têm a expressão distraída, vaga, indiferente.
— Si, si, como no!
Intervêm – e de repente nos roubam a palavra.
São divertidos, às vezes.
Irônicos, quase sempre.
Em essência, derramados e controversos como uma letra de tango.
Mesmo assim, trago boas lembranças da Argentina. Não tenho lá grandes amigos, mas vivi momentos agradáveis e, diria, fraternos.
Tranquilos, tranquilos, como dizem por lá.
É preciso dizer que estabeleço desde logo alguns limites para evitar quaisquer desvios de percurso. Eu não digo mais que Pelé foi melhor que Maradona e eles não tocam no assunto que o Boca de fenestrou o Palmeiras em duas finais de Libertadores.
Assim convivemos em paz.