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Love Me Do

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Foto: Reprodução/Jornal da USP

Inevitável que a cobrança viria…

“Não vai postar nada sobre os 60 anos da gravação histórica de “Love Me Do”?

Como controlar, no Whatsapp, os ruidosos amigos setentões como eu (que ainda se imaginam roqueiros) na ânsia de revisitar nossos gloriosos dias de juventude?

Estão sempre atentos em registrar nossos ídolos, nossos feitos.

Também pudera…

Somos orgulhosamente da geração que amava os Beatles e os Rolling Stones.

( Verdade verdadeira, sempre amei mais os Beatles do que os Rolling Stones.)

Talvez pelo orgulho que sentimos daqueles anos rebeldes, nos faz imensamente feliz reverenciar o que foi o aparecimento de Lennon, Paul, Ringo e George para os jovens de então (nós) e, de resto, para toda a Humanidade.

Uma explosão de vida – e sons.

A cada nova música, a cada novo disco, a cada notícia, a revelação que tanto ansiávamos:

A liberdade de ser o que se é.

Existíamos!

E faríamos a diferença.

Era nossa hora de mudar o mundo com sonhos e canções.

A utopia ao alcance de nossas mãos.

Digamos que “Love Me Do”, mesmo com sua letrinha ingênua e repetitiva, é um dos marcos iniciais da mudança que, queiramos ou não, ainda vivem em muitos de nós.

* Permitam-me um adendo.

Talvez por tudo que descrevi acima, sempre ressalto aos mais chegados:

Impossível alguém cantar ‘Imagine’ e acreditar em quem faz a apologia das armas.

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