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Marielle

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Ontem lhes propus o silêncio, alguns instantes de silêncio.

Para uma reflexão sobre a vida, e a paz.

Ssssiuuuu!

Silêncio.

Por mim.

Por você.

E todos nós.

Que a paz invadisse os nossos corações.

II.

Confesso que o espanto ainda me consumia.

Não tinha como descrevê-lo.

Busquei na tímida crônica e na canção a reverência e homenagem à Preta da Maré, a que tinha como ideal lutar por um Brasil verdadeiramente de todos os brasileiros.

Lutava pelos mais humildes, os desvalidos, os ultrajados, os sem-direitos.

E eu sem palavras.

III.

Desde a noite de quarta-feira, o mundo compartilha do espanto que, a princípio era meu, era nosso, pelas mortes bárbaras de Marielle e o motorista Anderson, no centro do Rio de Janeiro, a cidade sob intervenção, a cidade ocupada.

Um ato bárbaro que não nos pode calar.

Por isso, hoje, se me permitem, este atarantado cronista lhes pede que façamos um minuto de silêncio… E que nossa indignação transforme nosso luto em luta.

Por Marielle, por Anderson, pelo Brasil e… por todos nós.

 

*LEIA TAMBÉM:

Sakamoto –  Execução de Marielle : Estado foi cúmplice, não importa quem puxou o gatilho

– Juca Kfouri  – É hora de dar as mãos

– José Roberto Toledo – A vida e morte de uma voz inconformada

 

*(foto: divulgação)

 

 

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