Foto: Instagram/Daryan Dornelles
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Uma nota triste, nota de pesar.
Morreu nesta terça-feira, dia 28, a escritora ítalo-brasileira Marina Colasanti aos 87 anos, na cidade do Rio de Janeiro.
Colasanti é considerada um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira.
Eu diria humildemente que não só.
Autora de mais de 70 livros, também desempenhou as funções de jornalista, artista plástica e tradutora.
Foi uma referência de elegância e estilo para o jornalismo brasileiro, especialmente nas décadas de 70, 80 e 90.
Lembro que, como jovem repórter, apaixonado pelo texto, encantava-me com a leveza das colunas de Marina Colasanti, mesmo quando escrevia sobre o cotidiano por vezes rústicos das cidades brasileiras. Ela tinha um olhar mais alongado para as coisas corriqueiras da vida de cada um de nós, fosse quem fosse. Valia para o doutor, o acadêmico, a autoridade. Valia para o homem e muito especialmente para a mulher. Valia para qualquer um.
Seus textos primavam pelo Humanismo, e nos envolviam.
Deixavam claro a cada um de seus leitores que a vida é um dom.
Um belíssimo legado.
Uma enorme saudade.
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Sobre ela, permitam-me ainda fazer dois destaques:
1- o depoimento de Ruy Castro em sua coluna de ontem na Folha de S.Paulo:
“Marina fez parte da revolucionária geração de garotas da praia do Arpoador, no Rio, que, em fins dos anos 1950, varavam Ipanema na garupa das lambretas, pegavam jacaré com os rapazes (um deles, seu irmão Arduino) e desconfiavam do casamento tradicional. Queriam trabalhar fora, morar sozinhas, seguir carreiras modernas e não deixavam que a culpa imposta pelos padrões interferisse em sua vida amorosa. À sua maneira, já eram feministas — sem ideologia, sem rancor e sem saber.”
2 – a dica/reportagem do site da CNN:
Marina Colasanti: conheça 5 livros da escritora que morreu nesta terça
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