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Messi e Neymar

Que bela semana nos deram Messi e Neymar!

Os deuses da bola agraciaram esses nossos áridos tempos, com o dom desses meninos de ouro.

Salve, salve a globalização e às novas mídias que nos dão a chance de instantaneamente testemunhar (quase in-loco) a arte e os feitos de ambos.

O tempo parece parar nas arrancadas do garoto do Santos, nas cavadinhas do hermano…

Quer registrar as cenas, eternizá-las…

Só fico assim um tantim incomodado quando, após tamanhas proezas, começa a lengalenga dos tolos que tentam compará-los entre si ou, mais grave, com craques de outros tempos como Pelé e Maradona [para ficar apenas nos mais midiáticos, pois Garrincha também foi do balacobaco].

Não há termos de comparação.

Nem entendo a necessidade de…

Faz alguns anos que o grande Nélson Rodrigues consagrou a expressão “os idiotas da objetividade” para definir os que tentam analisar (sic) as coisas do futebol, dentro de critérios rígidos, números, pesquisas…

Às favas o cientificismo barato do novo jornalismo esportivo e dos palpiteiros – se é que existe diferença entre esta e aquela turma.

Sempre que vejo/ouço/leio tais comentários, percebo mais a necessidade de subestimar o talento de um deles, de acordo com as preferências, as simpatias e a nacionalidade do falastrão…

Reparem no tamanho da balela que se quer passar ao estimado espectador, ouvinte e/ou leitor.

Hoje, é a vez de Messi, de Neymar, de Cristiano Ronaldo…

… Como lá um dia nos encantaram Pelé, Mane Garrincha, Maradona.

Que venham outros tantos e tamanhos.

Com luz e brilho próprios e a indelével marca dos gênios.

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