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Mestre Jonas e os formandos

Meus caros amigos…

… para começo de papo passo de bandeja os finos ensinamentos do saudoso Zé Rodrix.

Diria até que é um toque vital neste início de ano.

“Dentro da baleia a vida é tão mais fácil”.

Ouço a canção dos idos de 70 no rádio do carro ao voltar para casa, após um dia daqueles – repleto de compromissos, demandas e reuniões, mas que felizmente terminou na solenidade de colação de grau de mais uma turma de formandos do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.

À essa meninada e a quem não se lembra, digo que “Mestre Jonas” é uma das divertidas criações de Rodrix. Narra as aventuras de um homem que, desde a maior idade, resolveu morar dentro de uma baleia e “por vontade própria”.

Diz a letra:

“A baleia é sua casa, sua cidade”.

Música e formatura me confortam neste fim de noite.

Sinal de vida e de esperança, apesar do calor e das aflições urbanas de Sampa.

Bom ver jovens confiantes terminar um ciclo inesquecível de suas vidas com tamanha alegria e vibração. Partem para o desafio de enfrentar o futuro com a firme convicção de transformá-lo para melhor.

Quase todos os oradores saudaram o bom combate por uma sociedade mais justa.

Sei que há céticos – sempre os há – que dirão:

— Ah! é tema comum dos discursos em tais cerimônias.

O que que há, gente?

As palavras têm um peso, sim.

E por que não acreditar na fé e no comprometimento dessa moçada?

O bom tempo se consolidará pela mente e pelas mãos desta geração que aí está.

(Aliás, podemos até fazer de conta que não vemos, mas a mudança já acontece.)

Melhor do que morar dentro de uma baleia, como propôs eufemisticamente o grande Rodrix, pois não podia dizer que o tempo lá fora era de obscurantismo e repressão.

“Quando o tempo é mal, a tempestade fica de fora.

A baleia é mais segura que um grande navio.”

Naqueles anos, vivíamos as trevas de um regime ditatorial.

Refugiar-se, dentro de uma baleia que fosse, era bem-humorada figura de imagem.

Era também um grito de alerta para o período que vivíamos e que, jovens à época, queríamos transformar.

Eles estão livre disso – o que é ótimo.

E sonham lindamente com uma sociedade mais igualitária – o que é melhor ainda.

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