Respondo hoje à Natália Duran,
uma das mais freqüentes presenças
entre os comentários do nosso blog.
Ontem, ainda quando a Lua estampava
no céu seu rosto único, cheio e avermelhado
— vocês viram o eclipse? –, a moça perguntou:
afinal, quem são os cinco leitores,
que tanto cito em meus posts?
Vamos, pois, desvendar o mistério, Nat.
II.
À luz da verdade, amiga, são pouco mais
numerosos os meus diletos –
e imprescindíveis – leitores.
Em números recentes…
Foram 68 acessos no primeiro dia
deste ensolarado março.
Na sexta, dia 2, ficamos em 57.
Nada mal, não é?
A média de fevereiro – mês atípico
de 28 dias, no embalo do carnaval e
das férias que se encerram –
batemos em uma média
diária de 54 visitas.
Janeiro tivemos uma performance
na casa dos 64 acessos/dia – e olhe
que fiquei sem postar um bom período,
talvez seja por isso mesmo…
III.
Da estelar data de 25 de setembro
– quando começamos a postar –
até o dia de hoje, modesta, mas firmemente,
caminhamos para a histórica
marca de 10 mil espiadinhas.
Um feito tão retumbante quanto
o milésimo gol do Romário?
Não sei, não sei, peixe.
Sei que estamos na área…
Para este despretensioso escriba,
a presença de cada um dos leitores
tem sido – sem exagero –
razão de vida e encanto.
É muito bom poder repartir
com vocês histórias e causos de figuras
tão ímpares como Dinoel, Dagmar, Nasci,
o pessoal da Gazeta…
Lembrar de letras e fatos da MPB…
Dividir a emoção das crônicas
de Rubem Braga, da poesia de Quintana,
Fernando Pessoa… Citar Mino Carta…
Recomendar, como fiz ontem, o livro
Quase Memória, de Carlos Heitor Cony….
IV.
Bem Nat, quanto à expressão
“meus cinco leitores” é de autoria
de Machado de Assis e aparece na pena
do personagem narrador e protagonista
da história em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”,
um dos clássicos da literatura brasileira…
Tomara que Machado ou mesmo Brás Cubas,
que faz uma autobiografia póstuma,
não se revirem nas respectivas tumbas
pela apropriação indevida.
Diria que é uma singela homenagem
a um dos meus autores prediletos…
V.
Importante, para mim, é que sejam
cinco, cinqüenta ou cinco mil pessoas
como você e que estejam sempre por aqui…
Escrevo para vocês.
Para estarmos juntos…
Compartilhar o que sei e
descobrir o que preciso aprender.
Redimensionar o ontem,
dar encanto ao presente e
prospectar um futuro de vôos
suaves e gentes simples,
sensatas, sinceras…
À espera de reinar
nosso próprio reino…
Somos assim…
… como escreveu Fernando Pessoa,
“Deus é existirmos e isto não ser tudo.”
* ERRAMOS…
Diferentemente do que informamos na edição de ontem do nosso blog, não houve nenhuma borboleta amarela a pousar em nosso notebook e que acabou por indicar o atalho para o arquivo perdido. Houve, sim, uma borboleta; mas, suas asas eram rajadas em amarelo e preto. Mas, a bem da verdade, a cor amarela era predominante.