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Mino

Considero Mino Carta o mais importante
jornalista brasileiro dos últimos 50/60 anos
[pois já estamos às portas de 2010
e o genovês Mino começou sua carreira,
como correspondente de um jornal
italiano, na Copa de 1950.

Desde então – e depois de um brevíssimo
período na Itália – comandou algumas das
redações que transformaram a história
do jornalismo brasileiro: a pioneira Quatro Rodas,
Suplemento de Esportes de O Estado de S. Paulo
(embrião para o então revolucionário
Jornal da Tarde, que também teve Mino
como editor-chefe), a fase mais combativa
de Veja (que combateu ferozmente
a ditadura), Isto É (que fundou e dirigiu
em duas ocasições), Jornal da República
(ao lado de outro igualmente grande,
Cláudio Abramo), Senhor, Isto É/Senhor e
a independente Carta Capital.

De Isto É em diante, Mino precisou
criar os próprios veículos para continuar
a saga de um jornalista de indelével
conduta junto aos leitores e comprometido
com os pilares da profissão: o respeito
à verdade factual e o caráter crítico e
fiscalizador da função.

Não que outros jornalistas não trilhem
o mesmo caminho. Felizmente, os há.
São espécies em extinção, eu diria.
Mas, existem. Porém, no meu entender,
nenhum deles o fez de forma tão marcante
e visceralmente apaixonada pelos ideais
da profissão e do País quanto Mino.

Na quarta-feira que passou (4) o jornalista
despediu-se do público num texto
postado no próprio blog. Diz viver "uma
quadra de extremo desalento". Por isso,
vai desativar o blog e calar-se na revista,
ao menos por enquanto.

Desde quarta, quando tomei conhecimento
do post, venho pensando em como deveria
registrá-lo aqui. Não encontrei o foco adequado.
Porque tudo o que poderia dizer está ali escrito,
esgota o assunto e as esperanças.

Aproveito este domingo para propor
que visitem o www.blogdomino.com.br,
leiam A Despedida e reflitamos todos
— especialmente os da minha geração —
para onde foram nossos sonhos
e no que nos transformamos…

Essa história merecia um final feliz.

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