Foto: Divulgação
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“O primeiro videoclipe oficial do hit My Sweet Lord finalmente chegou.
Ainda que com o atraso de 51 anos em relação a seu lançamento original e duas décadas após a morte de seu intérprete e compositor George Harrison, o beatle calado.
E está repleto de celebridade – Ringo Star é uma delas.“
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A partir da notícia, deixem que eu lhes conte uma história…
Daquelas antiguinhas que, confesso, me faz um bem danado lembrar aqui no Blog.
Será que os amigos me entendem?
É como se eu vivesse tudo outra vez…
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Éramos garotos urbanos/suburbanos e remediados das quebradas do bairro operário do Cambuci.
Tínhamos por volta dos 14, 15 anos – e nosso universo estava ali, ao alcance de nossas mãos. Delimitado pelo futebol e pela música.
No futebol, não preciso dizer mas digo, nadávamos de braçadas.
Indiferente ao time para o qual torcíamos, o Brasil era bicampeão do mundo, época de ouro de Pelé & Cia.
Fosse qual fosse o resultado, o futebol era pura diversão – e festa.
E pertencia a todos, indiferente da idade e/ou expectativa.
Vivíamos no País do Futebol!
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Diferentemente do Planeta Bola, a música nos fazia únicos.
Dava-nos a chance de ser jovens, inconsequentes e sonhadores.
Havia uma penca de tendências. De bossa-novistas a roqueiros.
Vivíamos todas, mas tínhamos lá nossas preferências.
Verdadeiramente, quem nos elevou ao luminoso patamar de insignes sonhadores foram eles, os rapazes de Liverpool.
Os Beatles.
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Esclareço que:
1 – noventa e nove vírgula nove_nove_nove_nove por cento dos nossos se identificavam ora com John Lennon ora com Paul McCartney. Eram os tais e os quais.
2 – o ínfimo dizimal restante tinha lá certa simpatia por Ringo Star. Que sempre nos pareceu um amigo divertido, um boa praça.
3 – George Harrison em sua quietude e discrição, confesso, era o beatle mais distante, algo enigmático em seus silêncios e solos de guitarra.
Pouco falávamos dele.
Mas, sabíamos – e cultuávamos respeitosamente a sua presença.
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Só fomos tomar conhecimento pra valer da sua dimensão em 1969 no disco Abbey Road, quando nos surpreendeu com a autoria de Something, incrivelmente tocante e bela.
Mas, aí os Beatles e nós mesmos vivíamos em outro momento.
Perambulávamos, nós, a turma do Cambuci, pelas cercanias dos vinte anos – enquanto os nossos ídolos, suspeitava-se, já falavam em dar fim ao grupo.
Disse Lennon:
“O sonho acabou.”
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Ô tristeza!
Entender até entendíamos.
Mas querer_querer, não queríamos.
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Os Beatles se separaram.
Mas, nossa orfandade durou pouco.
Logo em 1970, George Harryson nos presenteou com My Sweet Lord – e nos deixou assim, digamos, embasbacados.
Ele vivia uma fase altamente espiritualizada.
Lennon e Mc Cartney andavam, cada qual com sua nova turma, pelos estúdios.
Ringo?
Bem, Ringo continuava a brincar de ser feliz.
E os sonhos?
Bem, os sonhos todos estavam pela aí.
A quem se dispusesse vivê-los…
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Veja íntegra da reportagem sobre o clip…
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VERONICA PATRICIA ARAVENA CORTES
22, dezembro, 2021Essa música é um hino! Eleva