Participo hoje de um encontro, organizado pela Revista Imprensa, sobre os rumos e os desafios da formação do jornalista. A proposta é reunir coordenadores de curso das faculdades paulistanas para que promova esse o debate, especialmente porque o MEC baixou novas diretrizes para o ensino de Jornalismo no País – e que já está em vigor.
Ano que vem, aqui, na Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo, será adotado o novo Projeto Pedagógico, com a proposta de formar um jornalista multimídia – com trânsito e fluência em todas as plataformas -, embasado em um sólido projeto de formação humanista e empreendedora.
Com esses fundamentos, pretende-se dar base aos pilares jornalísticos de respeito à verdade factual, à função crítica e à postura fiscalizadora que são inerentes à profissão desde seus primórdios.
O grande desafio dessa garotada que sonha em ser jornalista é “inventar” o próprio espaço. Ser o protagonista do fazer jornalístico [uma vez que o emprego formal nas chamadas grandes (?) redações estão cada vez mais raros. Por isso, o conteúdo de Empreendedorismo e o de Gerenciamento de Carreira (da própria carreira) passam a ocupar espaço de grande relevância na grade curricular.
O Jornalismo passa por um momento de transição. Flerta com o entretenimento, amplia-se no espectro das plataformas digitais, perpassa pelo fim da hegemonia do repórter nas redações (em favor dos chamados colunistas), assiste assombrado à decadência dos chamados grandes conglomerados de comunicação, entre outros tantos e tamanhos episódios que mudam a história do Jornalismo e da sociedade como um todo.
Enfim, temos muito a conversar no encontro de hoje.
A revista, com a reportagem sobre o nosso papo, deve circular em dezembro.