Direto de São José do Barreiro, ao pé da Serra da Bocaina, ali onde se encontram os estados, São Paulo, Rio e Minas.
Nossa conversa de hoje prescinde de assunto.
Valho-me de estar aqui, à deriva dos fatos, neste belo rincão.
Barreiro é uma das chamadas cidades-históricas nos cafundós do Vale do Paraíba. A 300 quilômetros de São Paulo.
É também o refúgio do guerreiro – melhor dizendo, do blogueiro.
Não deveria estar teclando agora. Os amigos me esperam em alguma birosca ou mesmo no banco da praça. Vamos rir de piadas antigas, reviver velhos causos dos tempos idos, falar mal dos governantes e, confesso, de algum vacilão que não se fizer presente.
É assim que as coisas funcionam entre nós. Por isso, para preservar a reputação, ninguém vai embora antes que a roda se disperse.
Ninguém quer ser o assunto, a piada.
“Todo lugar é o mesmo lugar”, ensinou um saudoso amigo, o Nasci, para explicar as nuances e os desagravos da vida.
Para muitos de nós, não é bem assim. Passar alguns momentos na aldeia, depois de uma semana pesada, entre contratempos e compromisso, faz um bem danado.
Revitaliza-se.
É onde o sol da manhã de outono não aquece. Apenas brilha e arde na pele. Ilumina. Bate e se inclina sobre o verde/marrom das montanhas que nos cercam. A sensação é que elas, como um santuário, também nos acolhem e guardam.
Vou lhes dizer que já andei por aqueles confins. Fiz uma reportagem para o Jornal da Tarde sobre a Rota do Ouro – eu e o amigo, repórter-fotográfico, Robson Fernanjdes.
Faz tanto tempo, e tempo nenhum.
Aqui, os fatos – a vida – parecem ser atemporais.
Para tanto, basta recordá-las.
Me vejo com a trupe de pesquisadores, mais o Robson, na caçamba de um encorpado Jeep que nos levará até o povoado de Lajeado, montanha acima. Parte dali a caminhada que nos levará até Angra dos Reis do outro lado da Serra, repetindo a secular rota dos tropeiros…
Mas esta é uma história já contada.
Quer ler?
Acesse:
Serra da Bocaina – Na trilha de um paraíso
http://www.rodolfomartino.com.br/artigo.php?id_artigo=3
(Volto segunda, ok?)