Caros jornalistas, estudantes de jornalismo, comunicólogos de plantão e afins, trago-lhes hoje um breve tema para reflexão — até porque as aulas começam pra valer na segunda, em muitas de nossas universidades.
Por força de ofício, aproveitei as férias para ler A History of Comunications, de Marshall T. Poe, ainda não disponível no Brasil.
Na obra, o autor procura dar uma versão mais atualizada para a História da Comunicação – e como esta influencia as transformações da sociedade –- a partir de eras/capítulos que conceitua como: 1. a fala 2. o texto 3. o leitor 4. o audiovisual e 5. a internet.
Dá ênfase aos primeiros impactos da internet como plataforma comunicacional.
No entanto, pasmem!, na contramão da voz vigente, Poe não a considera como algo verdadeiramente revolucionário, pois no seu entender “emails ainda são mensagens, jornais online ainda são jornais, vídeos no Youtube ainda são vídeos e lojas virtuais ainda são lojas”, conforme ressalta – inclusive – em recente artigo em que narra a experiência que o levou a escrever A History of Comunications.
Conclui que os avanços midiáticos se dão por etapas, aos poucos. E que toda essa tecnologia poderia ajudar a melhoria no âmbito social.
Mas, ressalta, não há nada de novo no front.
Confesso que não é o que ouço diariamente nos corredores da Universidade.
Predomina a versão de que estamos no limiar de uma nova era, pautada pela explosão das novas tecnologias e pelas redes sociais.
Como sou um cara das antigas, cético por natureza, desconfio…
Achava que era o único no mundo com tal convicção.
De qualquer forma, vale refletir sobre o tema.