A canção Blanco y Negro, de Jorge Drexler,
inspirou-me o texto de Natal que escrevi em 2003.
Uma particularidade.
Nas redações por onde andei,
especialmente em Gazeta do Ipiranga,
me ‘intimavam’ a fazer os textos desta época do ano…
Imagino que menos pela minha parca habilidade,
e mais pelo adiantado da hora em que se
descobria que ninguém havia pensado
na crônica de Natal.
— Cadê o Rudi? – gritava AC, o editor.
E lá ia eu enfrentar a velha Olivetti engendrando
um jeito novo – ou no mínimo diferente –
de desejar feliz Natal e próspero Ano Novo ao leitores.
Teve um ano em que eu e o amigo Clóvis Naconecy
trocamos o texto corrido pelo desenho de árvore de Natal
estilizada. Tinha como enfeite os símbolos
do jornal. A idéia foi do Clóvis e, me parece,
que a confecção também…
Todos aplaudiram a "nossa" criatividade…
Em 2003, há quatro dias do Natal fui
obrigado pelo sr. Destino a cumprir
uma jornada dupla que me fez entender
a vida em branco e preto.
Saí do funeral de um amigo querido
direto para o casamento
da filha de outro amigo ausente. Era um dos
padrinhos da cerimônia religiosa – e não
poderia me furtar de estar presente…
Uma mescla de luz e sombras.
Assim a vida se manifestou, exatamente
como diz o poema de Drexler que
ouvi nas vozes do autor argentino e
do brasileiro Paulinho Moska…
Foi o mote para o texto que postei hoje em Parangolés.
Afinal, o tal espírito de Natal já bate à nossa porta.