Não tenho lá uma grande noite de sono.
Não que me faltem sonhos.
Preocupações, talvez.
Desperto. São quatro e meia, com céu ainda escuro e, de claro mesmo, só a sensação que, por hoje, não mais dormirei.
Do jeito que as coisas andam, motivos não faltam para a insônia. Já esticado no sofá da sala, luzes apagadas, tento listar as preocupações do dia que à noite afloram:
1 – pode ser a campanha publicitária do Ilegítimo a nos brindar com doses de desfaçatez. “A verdade liberta” – diz o anúncio. Só nós e os congressistas cúmplices sabem o preço desta temporária “libertação”. Nós, os que pagaram. Os tais e os quais, aqueles que se deram bem;
2 – pode ser essa extraordinária boa vontade dos noticiários globais com as reformas que os Donos do Poder almejam e implantam – a trabalhista e a previdenciária;
3 – podem ser as notícias tristes que recebo sobre alguns amigos/irmãos;
Pode ser…
Desencano.
Dou um resumão às desilusões:
Vivemos tempos sombrios! – digo a mim mesmo.
(…)
Vou ao computador tratar do texto de hoje.
É a solução que tenho para não me enroscar mais no baixo astral, mal o dia clareia. Ainda que cinza, nebuloso, prenunciando chuva…
Ali, diante da tela iluminada do computador, vagueio de portal em portal atrás da notícia do dia. Uma notícia que seja mais otimista, que não deixe em meio à névoa o humor dos meus amáveis cinco ou seis leitores [embora o amigo Luiz Gomes se autoproclame, em comentário recente, ser o número sete].
Corro atrás da boa nova até porque, por força do ofício, viajo hoje à tarde e só volto a blogar na quinta que vem…
(…)
Uai!
Pensando bem, quem sabe não seja esta a boa notícia.
Estarão livres de mim e dos meus devaneios, amigos.
No balanço das horas, lhes ofereço o descanso… Mas, fica também a ameaça: EU VOLTO…
O que você acha?