Foi na tarde de segunda.
Feriadão e coisa e tal.
Estava em casa de bobeira, no mundo da lua, brincando com o controle remoto e pimba!
Reencontro o cantor/compositor Guilherme Arantes após longos anos sem notícias do moço. A esta altura da vida, um jovem e falante senhor.
Ele repassa seus grandes sucessos sob o olhar de admiração da apresentadora do programa, Kátia Fonseca.
(Ela me lembra alguém!)
A bem da verdade, a moça mal consegue falar.
Guilherme engata uma canção atrás da outra e um assunto atrás do outro. Fala de bossa-nova, do parceiro Nélson Motta, dos filhos que moram com ele, da mãe que lhe deu o mote para uma das canções (“Filho, você vive sempre no mundo da lua”), dos tempos em que fazia sucesso, inclusive com as mulheres (“Eu era um gato!”), e que mora em Salvador, Bahia, desde 2000.
Quando era repórter, entrevistei Guilherme Arantes diversas vezes.
Sempre considerei que seu talento como compositor não tem o reconhecimento que merece, especialmente por parte da crítica. Acho inclusive que os grandes meios de comunicação não lhe dão o valor devido e pouco tocam as belas canções que fez.
Enfim…
De outro modo, posso inclusive afirmar que o amor que sente pela Bahia é antigo.
Em tempos idos e vividos, fui entrevistá-lo no escritório paulistano da gravadora Som Livre. Cheguei no horário aprazado – e nada do moço aparecer.
Hora e tanto depois, o próprio ligou para gravadora e disse que não viria ao encontro. Brigou com os pais (que não queriam que ele seguisse a carreira artística) e ‘fugiu’ para Salvador, onde estava naquele exato momento.
Esqueceu da agenda que tinha a cumprir como promissor cantor/compositor.
Se alguém duvida, pode perguntar para a atriz Rosi Campos.
Ela era assessora de imprensa da Som Livre à aquela época.
E ele já vivia no tal mundo da lua…
(Curioso. Não consigo lembrar quem a Kátia Fonseca me lembra. Mas, também não consigo esquecer que ela me lembra alguém.)
* Foto no Blog: Jô Rabelo