Muito antes de Paulo Coelho escrever o que escreve, o Nasci já alertava a rapaziada daquela velha redação assoalhada e de grandes janelas, onde não era pecado fumar e este humilde escriba, que virou blogueiro, por força e circunstância, deu os primeiros e cambaleantes passos no jornalismo:
— Meus caros, vocês precisam entender a linguagem dos sinais. A vida nos ensina. Prestem atenção!
Muito antes de Muricy Ramalho dizer que o futebol pune, nosso mestre e guru, que nada tinha de esotérico ou de boleiro, não deixava dúvida:
— A vida nos ensina, e cobra. Dá e tira. O que parece é.
Muito antes de eu repetir à exaustão aqui nesse blog a velha máxima, o saudoso amigo nos contemplou com o sutil do recado:
— É da vida e dos amores.
De tão simples os ensinamentos, que rolavam soltos nas conversas nossas de todos os dias, não nos dávamos conta das preciosidades que ouvíamos e o quanto nos seriam úteis vida afora.
Já lhes falei aqui da minha preocupação com o chumbo trocado em Globo e Record dias atrás. Há muito mais do que audiência e verbas de publicidade em jogo na troca de acusações. Falei da tibieza de nossas mais respeitáveis instituições – e do meu receio do que está por vir, especialmente no 2010 eleitoral que nos aguarda.
Vou me abster de relacionar as dezenas e dezenas de situações que vivemos nos últimos tempos e nos deixam perplexos a perguntar:
— Não é possível que esteja vendo o que estou vendo…
Ontem, repetiu-se a cena.
O que foi aquela patética performance do senador Eduardo Suplicy?
Não há resposta. Apenas, o sinal de que estamos mesmo no olho do furacão.