Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

Notícias de um triste Brasil

Posted on

Foto: Arquivo Pessoal/22.nov.1922

Em prazo de dias, semanas, perdemos três grandes humanistas: Papa Francisco, Pepe Mujica e Sebastião Salgado.

Três luminares, oriundos da América Latina. O Papa argentino, o uruguaio Pepe e o fotógrafo brasileiro Sebastião.

Perdas inestimáveis.

Dá pra dizer que o mundo tende a implodir se não se der conta e seguir, minimamente, o legado que os três nos deixaram. Legado de humildade, empatia, justiça social e, sobretudo e principalmente, senso de fraternidade.

Lamentei no Blog e ainda lamento com os amigos, no zap e nos encontros casuais, a devastadora ausência da trinca de notáveis no difícil momento que o Planeta atravessa sob jugo de pseudos líderes autoritários e seu clã de avivados devotos.

“Há que se resistir”, me escreveu o amigo Fefeu, de tantas e tão belas parcerias.

“Sigamos!”, replicou outro amigo, o Wilson, também em mensagem.

“Tome seu café e relaxe, professor”, aconselha-me o Azevedo, o rapaz do balcão da padaria onde vicejo e tomo meu café todo fim de tarde.

Alguém disse a ele que eu sou (ou fui?) professor universitário (não sei se faz a distinção) – e, desde então, só me trata assim, além, óbvio, de caprichar na prosa e no cafezinho.

Parei com o magistério em 2018.

Vou lhe dizer, Azevedo, que ali, já naquela época, já não sabia exatamente o que falar aos futuros jornalistas. Grosso modo, a garotada – um tantinho mais nova que você – queria mesmo saber de ser influencer, youtuber, fazer pub, com ares e pose de celebridade.

Da minha parte, tentava lhes falar da importância da reportagem.

O diálogo não fluía.

Parece que está em voga o diálogo não fluir.

Enfim, Azevedo e amigos, de professor não tenho nada.

Desconfio que, do jeito que as coisas andam (ou desandam?) não saberia o que dissertar aos meus supostos e incautos ouvintes.

Mas, isso é outra história. Qualquer dia a gente retoma o assunto.

Por enquanto, e para dimensionar o país e o momento que ora vivemos, compartilho quatro textos que pincei do noticiário de hoje.

CLIQUE NO NOME DOS AUTORES para ler a íntegra dos textos.

Leonardo Sakamoto, no UOL:

“A Polícia Federal afirma ter descoberto uma organização criminosa chamada “Comando C4″ (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), formada por militares da ativa e da reserva e civis que matam em troca de dinheiro. Ou seja, não é um grupo terrorista guiado por ideologia, mas milicianos com raiva da democracia. Tinha CNPJ e tudo”.

Ronilso Pacheco, no UOL

“O ataque dos dois parlamentares da região Norte contra a ministra Marina Silva não foi apenas vergonhoso, um escândalo, mas, sobretudo, revelador do caldeirão nefasto no qual estão jogando a pauta ambiental no país. E querem, claro, jogar Marina no caldeirão junto com a pauta”.

Plínio Teodoro, no Forum

“Filho de Rubens Paiva, deputado assassinado pela Ditadura, e autor do livro Ainda Estou Aqui, que conta a história da família e deu origem ao filme vencedor do Oscar, Marcelo Rubens Paiva detonou o machismo e a misoginina da mídia liberal contra Rosangela Silva, a Janja, em longo artigo na Folha de S.Paulo intitulado: Janja não é primeira-dama reborn“.

Sara Gomes, do Portal 247

“Uma onça parda foi encontrada morta na beira de uma estrada no interior do Ceará. Moradores, sem hesitar, recolheram partes do corpo do animal e levaram para casa. Com os restos, fizeram sopa. Sim, sopa de onça. A cena, ao mesmo tempo grotesca e reveladora, escancara um modo de sobrevivência que beira a barbárie, mas também simboliza algo maior, algo que atravessa o sertão e chega direto à Praça dos Três Poderes”.

Ainda nenhum comentário.

O que você acha?

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verified by ExactMetrics