Uma leitora quer notícias
do Dinoel. E me escreve, eu
diria, levemente interessada
na sorte do rapaz já não
tão rapaz assim.
“Ele deve estar em crise
depois daquele encontro.
Os sonhos que não viveram
Os filhos que não tiveram
e os beijos que ficaram
na saudade. Coisas de um vazio
que vai levar pela vida afora.
Mesmo que encontre outra mulher
estará sempre com um olhar distante
de quem perdeu um grande amor.
De quem viveu um grande engano.
Um pouco da história
que loucos como nós
estão sujeitos a viver e morrer.
Um pouco da história
de quem não tem medo de sofrer
só para viver o sonho
e o pesadelo
de um grande amor”.
II.
Bonito.
Porém, aaaahhhh!!!, porém…
Não sei mais do Dinoel, menos
ainda da Dagmar, que é do tipo
desses ‘malandros campainhas’.
Sabem o que quero dizer, não?
Vem de uma brincadeira de
moleques de rua, lá nos
antigamente. Apertava-se
a campainha de uma casa e
e despencávamos em desabalada
carreira rua afora.
A dona de casa ia atender
– e nada encontrava. Assim,
voltava aos seus afazeres.
Enquanto nós, esfalfados
a três quarteirões de distância,
ríamos o riso amarelo oco do
trote(?) que passamos na
moradora e, verdade
verdadeira, em nós mesmos.
III.
Enfim…
Acho que a moça faz esse
jogo otário. Em que só ela
perde. Deve estar numa
grande enrascada e sequer
sabe como entrou. Menos
ainda sabe como sair…
— É coisa minha – teimava
sem explicar o inexplicável
de suas ações auto-destrutivas.
IV.
De qualquer forma, a saga
desses dois malucos-belezas
rendeu e ainda rende
boa audiência a este site/blog.
Mas, bancando o sincerão, acho que ela se resume no seguinte…
V.
Ele:
— Eu te amo, vem…
Ela:
— Não sei. Gosto de você.
Mas é diferente…
Ele:
— !!!???
Ela:
(…)(…)(…)
De exclamações, dúvidas
e reticências já não se vive.
Portanto, ponto final.