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Tarantela em verde e branco…

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Foto: Reprodução

“Sou um italiano de araque, made in Cambuci, bairro operário de São Paulo, Capital.

Meus avós – todos – eram oriundi.

Meu avô paterno, que não conheci, mas herdei o nome e o sobrenome, era calabrês.

Diziam, na família, que até pareço com ele.

Se não fisicamente, ao menos no jeitão de ser. Falo alto, gesticulo, tenho alternância de humores e, principalmente, quando entro num bate-boca, dizem ainda hoje, sou casca grossa.

“Calabrês, o diabo que te fez”.

Juro que não me entendo assim.

A voz fica encorpada, agressiva, naturalmente. Sou enfático nos meus posicionamentos. Chego a assustar alguns dos interlocutores.

Babar, não babo, não. Mas, pareço estar fora de controle, alegam meus opositores.

Não é proposital, repito  – e volto a jurar.

Enfim…

Torço pelo Palmeiras, óbvio.

Acontece que, nesses dias de andanças pelo Vale do Paraíba, topei com hordas de corintianos e flamenguistas (ô raça!).

Eles se juntaram para tentar me zoar com aquela musiquinha estúpida:

“Palmeiras não tem Copinha

Palmeiras não tem Mundial”

Tentaram.

Revidei na oratória.

Impus meus argumentos de forma veemente, digamos assim.

Armou-se aquele salseiro.

Ganhei notoriedade, primeiro, como Carcamano, depois como Dom Corleone,  mas o apelido que pegou mesmo foi Italiano.

Aposto que ninguém sabe meu verdadeiro nome por aqui.

Sinceramente, não importa. Até prefiro.”

* Fala do personagem Pedro Paulo Avezzani num dos primeiros capítulos meu novo livro O que o Tempo leva...

Eu a transcrevo hoje, aqui, por uma causa justa: homenagem ao 26 de agosto, aniversário da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Se até meus personagens brigam pelo Verdão, imaginem o autor!!!

Avante, Palestra!!!

Uma provocação:

Meu Palmeiras de todos os tempos: Leão, Djalma Santos, Luís Pereira, Djalma Dias e Geraldo Scoto, Dudu e Ademir da Guia, Julinho, Jair da Rosa Pinto, Altafini Mazzola e Chinesinho.

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