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O boxe e a mídia

No período em que Eder Jofre apareceu no boxe, a cobertura da mídia destinou-se em grande parte a ele.

Dono de espetáculos incríveis, a Gazeta Esportiva e, depois, a Jovem Pan foram os dois veículos que mais acompanharam a sua saga.

Newton Campos, jornalista, conciliava o trabalho entre a então nova e emergente rádio, na qual ainda é comentarista de boxe, e o já consolidado jornal, onde foi editor de modalidade por mais de 38 anos.

"Em l960 me contrataram para fazer a cobertura das lutas do Eder Jofre pela Jovem Pan. Minha tarefa era passar o relato diário por telefone, às 18h, com notícias sobre Éder. Na época, eu já era diretor-técnico da Federação Paulista de Boxe".

Atualmente, aos 84 anos, é o presidente da enti¬dade, cargo que exerce desde l 969. Ocupa, também, a vice-presidência do CMB (Conselho Mundial de Boxe).

"A mídia, em geral, fez uma cobertura muito grande sobre boxe naquela época. Acredito ter sido quem mais escreveu e comentou sobre a carreira dele".

E a televisão também já aparecia com força. Exis¬tiam constantes reuniões para as vendas das lutas. Pela capacidade de Eder, principal nome da época, a preocupação era com a duração destes eventos.

"Não entendo porque as emissoras de televisão deixaram de dar importância para os eventos de boxe. Parece que há uma discriminação. Hoje, um jogador de ténis, que atue em qualquer quadra do mundo, tem sempre um espaço dentro da mídia".

* Depoimento a Guilherme Henrique Costa da Silva, Klaus Richmond Correia de Melo e Rafael Francisco de Freitas, autores do livro-reportagem “ Knockdown. O Atual Momento do Boxe Profissional Brasileiro”, apresentado nesta semana como Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.

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