Foto: Reprodução
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55 anos depois…
Eis a pergunta que não quer se calar.
Aqui e, diria, também na casa do amigo Escova nos arredores de Paris, onde Escova vive em autoexílio desde o impeachment da Dilma.
“Só pode ser fake-news” – diz o amigo.
Ele está alvoroçado.
Diz ser impossível acreditar na notícia que leu na imprensa.
Não especificou qual?
“Que história é essa, sem pé, nem cabeça, que o Chico Buarque não é o autor da belíssima “Roda Viva”. Se até a polêmica peça teatral ele escreveu a partir dos versos dessa histórica canção?”
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Calma, Escova, calma.
Eu lhe explico.
Trata-se de um lamentável mal-entendido, digamos assim.
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Explico.
Chico Buarque moveu uma ação judicial contra um dos filhos do nosso atual ex-presidente.
O 01 ou o 02, não sei bem.
Sei que o indigitado usou em suas redes sociais sem a prévia autorização do autor, um incerto Francisco Buarque de Holanda, mais conhecido como Chico Buarque, trechos da canção “Roda Viva”.
Óbvio que Chico, que é do bem, não gostou.
Seus advogados entraram com uma ação na Justiça para os devidos reparos.
A demanda obedeceu os trâmites legais – e, nesta semana, saiu a sentença da responsável pela causa, a digníssima juíza Mônica Ribeiro Teixeira, do 6º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital Lagoa, que indeferiu o processo assinalando que, nos autos do processo, falta a devida comprovação de autoria da canção.
Só isso.
Tá faltando, tá faltando, gente!
Tem coisas que a pessoa não é obrigada a saber, ué…
Não entendi o motivo de tanto estardalhaço.
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Ironias à parte, Escova, aproveito para agradecer o envio do vídeo dos idos tempos dos festivais da Record.
O de 67, então, foi magnífico.
Aqui, a classificação:
(Salvo engano meu ou algum eventual deslize dos ditos-cujos autores.)
O vencedor foi “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam.
(É o que dizem.)
Em segundo, ficou Gilberto Gil, com “Domingo no Parque”.
(Será que é dele mesmo?)
“Roda Viva”, de CHICO BUARQUE, pegou terceiro lugar.
(Eis o pomo da discórdia e de tamanho barulho. Há quem duvide…)
“Alegria Alegria”, de Caetano Veloso, conquistou o quarto posto.
(Caetano, não sei não… Uma curiosidade: justiça se lhe faça, a expressão “alegria, alegria” já era usada por Wilson Simonal em meio às suas performances musicais e na apresentação do Show em Simonal, que o próprio comandava semanalmente na mesma TV Record.)
Quinto lugar para”Maria Carnaval e Cinzas”, do saudoso Luiz Carlos Paraná, defendida por Roberto Carlos.
(Aqui, não faço reparos. Ô samba triste esse!)
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É isso, companheiro!
Melhor rir para não chorar.
Saudades das nossas conversas pelos botecos e redações da vida
Abraçaço!
Sigamos na fé…
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O que você acha?