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O café e o colóquio

Entre uma reunião e outra, resolvemos dar um breve intervalo para um café.

Sexta à tarde, ninguém é de ferro. Ainda teríamos umas pendências pela frente até o justo e merecido descanso do fim de semana.

No caminho até o Centro de Convivência da universidade, um inesperado assunto centralizou todas as discussões.

É que um dos nossos sacou da mochila um Ipad – ou alguma engenhoca que o valha, não entendo bem dessas novidades – e resplandeceu o admirável mundo novo.

Dá para imaginar a extensão das conversas sobre o futuro da civilização a partir dos avanços e das oportunidades que nos oferece o universo eletrônico.

Resumo da ópera:

Entre prós e contras, não chegamos a conclusão alguma. Apenas nos atrasamos para reunião que se prolongou noite adentro, causando relativos estragos aos que ainda pretendiam viajar ontem mesmo.

Hoje pela manhã, leio na coluna do Carlos Heitor Cony, da Folha de S. Paulo, de quinta, dia 20, a essência de tudo o que ontem nos varamos em discutir:

“Como a roda, a informática está gerando uma nova civilização. É o início de uma nova era, além e acima do admirável mundo novo, que já está defasado. De seis em seis meses, o mundo novo se torna mais admirável e complexo, diluindo responsabilidades e anulando indivíduos que nada tem de admirável, mas lamentável. Como a roda, a internet apenas nos facilita o caminho. Mas, não nos aponta um destino.”

Estão vendo, Salles e Leandro, meus interlocutores em tão proveitoso colóquio?

Ainda temos muito o que aprender…

** FOTO NO BLOG: Camila Bevilacqua

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