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O colunista (2)

A pauta da palestra era a seguinte:

01. Apresentação

02. Abrangência da temática (colunismo) – cada coluna tem luz própria, gerada a partir das informações e experiências vividas pelo autor.

03. No caso da coluna Caro Leitor, valeu muito o convívio com pessoas que habitavam o universo de Gazeta do Ipiranga em meados dos anos 70 e que me deram régua e compasso para traçar o Brasil de então e o desenrolar dos fatos que se seguiram.

04. Àquela época, nos idos de 1974 quando cheguei à Redação, vivíamos sob o tacão da ditadura e o jornal de bairro (no caso GI) possuía duas funções prioritárias: a reivindicatória (éramos o único canal de ligação junto ao poder público) e apoio aos movimentos populares (que começavam a se organizar).

05. Já em 78, quando os bons ventos da abertura democrática começaram a soprar, imaginou-se uma coluna que fizesse uma integração maior, falasse ainda mais diretamente ao leitor e consolidasse a ‘ponte’ para saudar os novos tempos. Assim, estaríamos promovendo a cidadania e o comunitarismo.

06. A partir daí, nasceu o Caro Leitor, com uma linguagem coloquial. Até porque para um jornal de bairro não cabe o tom cerimonioso e sisudo dos editoriais. Falamos para os nossos vizinhos, para os nossos iguais.

07. Trata-se (tratou-se) de uma tribuna livre onde acompanhamos momentos preciosos da história brasileira recente, como as diretas-já, a candidatura e eleição de Tancredo Neves, a morte do parlamentar mineiro, a democratização do País e por aí viemos…

08. Lembro que em 1985, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, nós apostamos todas as fichas na vitória do então senador Fernando Henrique Cardoso e, durante a Presidência de FHC, fizemos críticas sistemáticas ao governo.

09. A coluna é um dos raros espaços em que se pretende fugir à padronização do jornalismo, à ditadura dos editores e dos manuais de redação, valorizando o estilo e a linguagem.

10. Também é onde se pode sugerir pautas que passam despercebida no corre-corre diário, além de provocar debates e polêmicas.

11. Por fim, emana o exercício do livre arbítrio que é a essência do jornalismo.

E tenho dito!