Precisei ir a São Paulo hoje à tarde para resolver umas pendências com o Imposto de Renda.
Meus caros olhem a encrenca: tô pego na malha fina.
Fui conversar com prof. Osmar (que cuida da minha declaração), e ele me tranquilizou:
– É só uma aferição dos documentos.
Entretanto, adiantou-me o amigo: teria um embaraço pela frente.
Franzi a testa, esperando o pior.
O prof. sorriu na tentativa de me acalmar.
– Nada com a Receita Federal, meu caro. É que tombou uma caminhão no quilômetro dez da via Anchieta agora agora. E está tudo parado por ali. Acabei de ouvir no rádio. Prepare-se para pegar um grande congestionamento na volta para São Bernardo.
Amigos, leitores amáveis, desconfio que é a primeira vez que fico aliviado ao saber das encrencas do trânsito em São Paulo.
Como minha senhora?
A senhora quer saber estou contando essa historinha sem eira nem beira só para justificar o atraso na postagem do dia?
Não, não… Não tenho um horário certo para meus textos diários. Vai muito dos meus compromissos na agenda. De algum fato ou acontecimento que lhe queira contar e que me ocorra antes ou depois do sol se por.
O bom de Blog, em relação a outros gêneros, digamos, jornalísticos, é que ele não tem amarras, nem fica preso às convenções.
Até um reles congestionamento (que alcançou três, quatro quilômetros, se tanto) pode ser a pauta do dia. Especialmente quando os assuntos em pauta no dia não são nada inspiradores…
Enfim, como escreveu o Velho Braga, o cronista do cotidiano:
“Mas, no meio de tudo isso, fora isso, através disso, apesar disso tudo – há o amor”.