Foi na coletiva que antecedeu ao jogo Brasil e Chile.
No sábado, desconfio.
Um jornalista italiano – até porque nada mais tem a fazer na África do Sul – perguntou a Dunga como era conviver com a pressão de ser técnico da seleção brasileira. Até que ponto esse desgaste influenciava o seu trabalho.
Dunga deu uma boa resposta. Em italiano, para lembrar os tempos em que jogou cálcio na Velha Bota.
Vou tentar traduzir.
Disse que via a pressão feita pela Imprensa como algo natural.
Sempre foi assim.
Não dá para agradar a todos – especialmente no exercício dessa função.
Quando a seleção não vencia, levava pau porque a seleção não vencia.
Depois o escrete passou a vencer, as críticas continuaram porque o time vencia, mas não convencia. Não jogava o futebol arte, o futebol espetáculo.
Ele disse que se habituou ao coro dos descontentes.
Tanto que, nos amistosos, quando a seleção passou a vencer jogando um bom futebol e por boa margem de gols, o adversário é que era fraco.
Dunga usou a palavra débil.
Hoje, certamente, depois do bom resultado diante do Chile (3×0), o que será que os críticos e os azedos irão dizer?
Que o Chile é um timeco, uma ‘galinha morta’?
Ou vão preferir criticar a camisa lilás sobre a camiseta amarela que Dunga exibiu durante a partida?
Enfim…
Que venha a Holanda, pois a Copa entra na reta de chegada…
** FOTO NO BLOG: Milão (arquivo pessoal)