A edição de novembro da Revista Época Negócios traz na capa O Dono do Futebol.
Não, não se trata de nenhum desses figurões da CBF ou mesmo qualquer ministro do Governo Dilma ou até mesmo um cartolão-mor da Fifa.
Trata-se, sim, do banqueiro Ricardo Annes Guimarães, presidente do Banco BMG, um dos mais rentáveis do País no segmento de crédito consignado. A logomarca laranja estampa hoje 21 camisas de times da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, além de outros tantos clubes País afora.
Em uma grande reportagem de 16 páginas, o mineiro de 50 anos – e torcedor do Atlético – fala com muita propriedade de futebol e da ousada estratégia adotada para popularizar a marca, tendo nosso esporte mais popular como o carro-chefe das ações de marketing.
Transcrevo abaixo algumas de suas declarações:
“Faltava o conhecimento da marca para além do funcionário público e do aposentado. Agora, quando o sujeito vir o nosso cartão de crédito, vai dizer ‘ah, o BMG eu conheço’, e isso é graças ao futebol.”
“Se a empresa quer ter uma atuação massiva, grandes equipes são imprescindíveis. Aliar isso ao patrocínio de pequenos clubes é uma maneira inteligente de trabalhar o marketing, conferindo importância a regiões específicas e falando diretamente ao coração de seus habitantes.”
“(O fundo tem) 60 por cento de atletas reconhecíveis por alguém que entende um pouco de futebol e outros 40 por cento de jovens apostas.”
“Até agora, a atuação do BMG é promissora. Especialmente porque não incorre no erro que faz degringolar qualquer negócio desse tipo, que é imposição de atletas do fundo à equipe patrocinada.”