Os que iam passando injuriavam-no e abanavam a cabeça, dizendo:
— Olá! Tu que destróis o templo e o reedificas em três dias, salva-te a ti mesmo! Desce da cruz!
Desta maneira, escarneciam dele também os sumos sacerdotes e os escribas, dizendo uns para os outros:
— Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar! Que o Cristo, rei de Israel, desça agora da cruz para que vejamos e creiamos!
Também os que haviam sido crucificados com ele o insultavam.
Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra.
E a hora nona Jesus bradou em alto e bom som:
–Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
Ouvindo isto, alguns dos circunstantes diziam:
— Ele chama por Elias!
Um deles correu e ensopou uma esponja em vinagre e pondo-a na ponta da lança, deu-lhe de beber, dizendo:
— Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo
Jesus deu um grande brado e expirou.
O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes.
O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado, disse:
— Este homem era mesmo o Filho de Deus.
* Do Evangelho, segundo São Marcos, de 29 a 40.