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O improviso amoroso de Djavan

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Foto: Djavan/Divulgação

Meu jovem amigo, hoje em Portugal, o fotógrafo Lucas Limas divertia-se ao ouvir as canções do Djavan.

“Não entendo bulhufas do que dizem os versos das músicas que ele canta.”

Isso Lucas me dizia – desconfio que em tom de provocação – nos tempos em que ainda andávamos pelo campus da Universidade em meio à lida daqueles imemoriais anos letivos. Tínhamos nossas obrigações, mas também nos ocupávamos com a hora do café, do papo e da amizade.

Lembra disso, Lucas, se é que ainda, vez ou outra, me leia por aqui?

(Confesso que, por vezes, também viajo nos versos e reversos do Djavan.)

Para mim, é inevitável lembrar o Lucas – que não vejo, vige, põem anos nisso – quando soube que o alagoano Djavan, aos 76 anos (faço 75 no mês que vem, estou quase lhe alcançando, artista não envelhece), está com novo álbum de inéditas na praça. Haja fôlego!

São anunciadas doze canções – das quais só “O Vento” foi gravada antes por Gal Costa.

Gal, sempre, Gal.

O álbum chama-se “Improviso” – e tem como tema central o amor.

“É sempre um improviso falar de amor visto que não entendido no assunto”, diz Djavan em uma das tantas entrevistas que deu para divulgar o projeto.

Tarde demais, eu diria.

Pensem comigo

A bem da verdade, lá do jeito poético e delirante dele, as canções de Djavan versam prioritariamente sobre paixões, encontros e desencontros, ilusões e desilusões, afetos e saudades e outras tantas tribulações do amor. Concorda, Lucas? Concoram, amigos?

Foi e é assim, de forma originalíssima, ao longo de 50 anos de carreira.

Falemos com sinceridade: o amor, mesmo com todas as suas nuances e complexidades, é seguramente o tema mais versado e cantado pela música popular, seja onde for, aqui, ali, lá e acolá.

E, pausa para reflexão: Queiramos ou não, djavanear é jeito único de tentar explicar o inexplicável deste sentimento que “é quase uma dor” e move o mundo.

Versos como…

“Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar…”

ou

“Por ser exato o amor não cabe em si. Por ser encantado o amor revela-se. Por ser amor, invade. E fim.”

Versos assim, creiam todos, até o meu querido amigo Lucas entende.

E, se bem ainda o conheço, vivencia plenamente.

Ou não?

TRILHA SONORA

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