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O labirinto da corrida presidencial

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“Guardem o rojão para quando eu tomar posse no dia 1º de janeiro”.

A frase de Luis Inácio Lula da Silva foi uma resposta aos manifestantes opositores que protestavam, vaiavam e soltavam rojões na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná.

Lula permanece com sua caravana pelo Brasil, com vistas à possível candidatura à Presidência da República nas eleições deste ano.

No Paraná, a caravana vem enfrentando uma série de protestos.

É a terra do juiz Moro, a tal República de Curitiba etc etc.

No entanto, o petista ainda lidera as intenções de votos em todas as pesquisas eleitorais divulgadas até o momento.

II.

Enquanto isso, ainda nesta segunda, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) em Porto Alegre sacramentou a possibilidade de Lula ser preso (a partir de 4 de abril, quando vence o habeas corpus impetrado pela defesa do petista e confirmado pelo STF – Superior Tribunal Federal) e, portanto, inelegível. Os juízes do TRF-4, por unanimidade, negaram  o recurso no caso do triplex no Guarujá que condenou o ex-presidente a 12 anos de prisão.

Se Lula não for o candidato do Partido dos Trabalhadores, o nome a sucedê-lo, comentá-se, é o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Haddad não se reelegeu prefeito em São Paulo no pleito de 2016. Perdeu para o tucano João Dória no primeiro turno.

Ou seja, não é um nome capaz de assustar os partidos mais conservadores e à direita.

III.

Hoje na Folha de S. Paulo saiu a notícia de que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai deixar o cargo para viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Ele deve se filiar, em breve, ao PMDB.

Consta que a ideia do partido é ter o presidente-ilegítimo, Michel Temer, como candidato à reeleição. Meirelles seria o vice. Caso o nome de Temer encontre resistência ou não se viabilize promissoramente, Meirelles seria o ‘cabeça’ da chapa.

O ministro também teve seu nome vinculado a uma possível candidatura pelo PSD, mas hoje essa hipótese parece distante.

A indicação de Meirelles parece agradar aos que hoje mandam e desmandam no país. Inclusive, com bom trânsito no Exterior.

IV.

A sete meses do pleito, inevitável que a corrida para a Presidência já esteja deflagrada – e não é de hoje. Os candidatos (ou ainda pré-candidatos) pipocam aqui e ali – Alckimin (PSDB), Marina (Rede), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), Álvaro Dias (PODEMOS), entre outros menos cotados.

O cenário não é dos mais tranquilos.

Diria que imprevisível.

Dificilmente algum desses nomes conseguirá unificar o país com uma vitória peremptória.

Este é um temor a se considerar.

Ninguém está disposto a ceder ou a compor.

Se não houver uma mudança de comportamento, um retrocesso ainda maior ao que hoje vivemos será inevitável.

Como achar a saída neste labirinto, eis a questão…

 

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