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O leitor procurava Rubem Braga independentemente do jornal

A revista Negócios da Comunicação, para publicar uma reportagem, quis a minha opinião sobre a “cultura autoral” no jornalismo. Falei que, ao longo dos tempos, esse aspecto autoral esteve bastante declarado. Era possível citar dezenas e dezenas de nomes que tocavam o seu texto e, de forma bem enfática, fidelizavam seu público-leitor. O cronista Rubem Braga é, talvez, o melhor exemplo. Estivesse em que jornal estivesse , o leitor procurava sua crônica diária.

A reportagem completa “Caminhos da cultura autoral” pode ser lida no link: http://portaldacomunicacao.com.br/2017/01/caminhos-da-cultura-autoral/ .

Porém, abaixo separei alguns trechos da matéria:

– A exemplo do cronista Rubem Braga (e muito outros) que, independentemente do jornal em que estava, o leitor procurava sua crônica diária. Rodolfo Carlos Martino, coordenador do curso de jornalismo da Universidade Metodista, aponta para a análise histórica que é preciso fazer nesse ponto para entender o movimento atual. O jornalismo viveu o chamado período das grandes reportagens e do jornalista com o protagonismo da cena até meados de 1980.

A partir de então se consolida a chamada Era das Mídias. O jornalismo impresso deixa de ser o único a mediar as tais demandas sociais. “Uma data emblemática: 1984 e o Projeto Folha que, digamos, consolida a ditadura dos manuais de redação. A cultura autoral resistiu — e, quando não conseguiu uma sobrevida nas redações, buscou outros caminhos para encontrar o leitor. Dois deles são notáveis: o livro-reportagem e o documentário audiovisual. A bem da verdade, o grande desafio do jornalista desde então é inventar o próprio espaço”, explica Martino, que aponta ter sido um processo lento e, por vezes, imperceptível, mas que foi se consolidando.

“E ganha contornos mais nítidos com as plataformas digitais, que oferecem a possibilidade ao novo jornalista de ser patrão de si mesmo. Na contramão dessa tendência, as redações ficam cada vez mais enxutas, inseguras e sem perspectivas de realização profissional”, diz.

– “Aqui na Metodista, esse aspecto do empreendedorismo e gerenciamento de carreira é um dos pilares do novo projeto pedagógico, em andamento desde 2015”, diz Martino.

O coordenador de jornalismo comenta que os alunos já chegam impregnados pelo mundo digital. “Cabe a nós, professores orientadores, encaminhá-los aos pilares seculares do bom jornalismo: o respeito à verdade factual, à função crítica e fiscalizadora”, reforça. No novo jornalismo, os caminhos são muitos.

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