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O livro do Casão

É muito justo que o livro “Casagrande e Seus Demônios” esteja entre os mais lidos nas últimas semanas. Trata-se de um tocante depoimento do ex-futebolista e agora comentarista esportivo, que ganhou vida e fluência no texto objetivo e bem envolvente do jornalista Gilvan Ribeiro, editor de esportes de o Diário de S.Paulo.

Li a obra de um fôlego só durante as férias de julho, e fiquei instigado a recomendá-los aos meus amáveis cinco ou seis leitores – e também, e principalmente, aos meus alunos do curso de jornalismo.

Vale pelo teor de fina reportagem que dele se extrai. E, como não canso de dizer em sala de aula e vida afora, a reportagem é a essência do bom jornalismo – e ultimamente parece que caiu em desuso.

Vale também, e prioritariamente, pela história de vida do autor e protagonista de tão intrincada trama que reúne futebol, droga, fama, rock n rool, política e superação.

Casagrande foi corajoso ao escancarar portas e janelas da alma – e assim exorcizar os demônios que tanto o afligiram. E ainda o afligem; por isso, ele próprio quem diz, luta diariamente para mantê-los distantes.

Como lhes disse, terminei de ler o meu exemplar com este propósito. Mas, como estava no estio, não estava blogando e assim enfileirei a leitura de outro livro, e mais outro e outro… Aconteceu que acabei por esquecer a promessa.

Ao acompanhar as falas do Papa Francisco, observei que a questão das drogas é uma de suas temáticas mais frequentes, nesta Jornada da Juventude que hora se realiza no Rio de Janeiro.

(Ele chama os traficantes de ‘mercenários da morte’.)

O livro do Casão – com ou sem intenção dos autores – é um valioso libelo na luta para esclarecer e por fim a essa tragédia social.