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O mosquito e nós

"O que se faz num dia é semente de felicidade para o dia seguinte" (Provérbio indiano)

01. Amigo leitor, prezadíssima leitora, bom dia. Vamos ter uma conversa hoje que é, na verdade, uma convocação que faço a vocês. Aos mais formais, diria que é uma campanha de fundo cívico e patriótico e feita num momento oportuníssimo. Já aos mais amigos, valho-me da proximidade que temos para convidá-lo a entrar de corpo e alma no Dia Nacional de Combate à Dengue, uma ação de iniciativa governamental que realiza-se amanhã, a partir das 9h30, em diversos pontos do País, inclusive neste pedaço de chão chamado lpiranga.

02. Não, não. Não pare de ler essas linhas, mesmo que lhe venha à boca expressões do tipo: Ih, outra vez esse assunto!. Explico sua urgência e inevitabilidade — é porque está ocupando hoje este espaço no alto da página. Como você deve ter reparado, a epidemia de dengue desapareceu do noticiário nos últimos meses: primeiro porque com a chegada do inverno os números de casos da doença caiu ao nível do suportável e segundo porque os noticiários encantaram-se com temas polêmicos como alta do dólar, inflação e o antes/durante/depois do período eleitoral (Como palmeirense prefiro nem citar o noticiário esportivo).

03. Essa ausência da mídia, porém, não significa dizer que vivemos um período de controle da doença que fez significativo número de vítimas neste ano. Houve um aumento do número de casos também entre nós. Não há números precisos. Mas, revelam esses índices que a doença vem crescendo e pode crescer ainda mais com a chegada dos dias mais quentes do ano. Informam as autoridades sanitárias que as larvas do Aedes aegypti resistem de um ano para outro e, se encontrarem condições adequadas — ou seja, o contato com a água –, em 10 ou 12 dias transformam-se em mosquitos adultos, responsáveis por espalhar a doença, como todos sabemos. Uma doença que, em casos extremos, pode levará morte.

04. As autoridades reconhecem que houve falha na erradicação da dengue. Mas, enfatizam também que a consciência e participação da comunidade são fundamentais para o efetivo combate ao mosquito e, conseqüentemente, à doença. Todos nós precisamos evitar que a água limpa se acumule e fique desprotegida em vasilhames, pneus, caixas de água, piscinas e congêneres. Sem esse criadouro, não há mosquito. Sem mosquitos; óbvio, não há doença. Portanto, vale a pena colaborar. Aliás, registre-se, é obrigatório colaborar…

05. Com efeito, para incentivar essa colaboração, uma série de atividades marca o dia de amanhã. Aqui, no Ipiranga, está prevista a realização de uma passeata que terá o apoio dos órgãos de Saúde Pública da região, das universidades São Marcos e São Camilo e da Caixa Econômica Federal. Núcleos de moradores vão partir de pontos distintos e promover um grande encontro na Praça Pedro Balint no Sacomã. Haverá manifestações culturais e principalmente agentes de Saúde aptos a prestar todo e qualquer esclarecimento sobre o mosquito, a doença, a prevenção e suas conseqüências. Participe! Nossa contribuição é imprescindível no combate a mais este mal que nos aflige…

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