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O PFL não é do Maluf. Mas vai apoiá-lo para o Governo

01. Foi bastante concorrida a posse de Guilherme Afif Domingos como secretário municipal do Planejamento. A cerimônia realizou-se na manhã de quarta (dia 18), com a presença de notórios líderes do Partido da Frente Liberal, tais como os ministros Antônio Carlos Magalhães e Luiz Carlos Santos. No mesmo dia assumiram outros secretários, todos ligados ao PFL e inexoravelmente ao malufismo: Jorge Pagura (Saúde), Hebe Tolosa (Educação), Deniz Ferreira Brito (Família e Bem Estar Social) e Antenor Braído (Comunicação Social). Durante o encontro ACM, Santos, Maluf e Pitta conversaram animadamente. Para todos os efeitos não falavam da questão eleitoral. Mas, o astral, digamos assim, do deputado Luiz Carlos Santos revelava o que todos já têm como certo: o PFL em âmbito estadual vai apoiar Maluf para governador e, é quase certo, terá Santos como vice, fechando a chapa. O próprio ACM, à saída da reunião, confirmou sua simpatia pela candidatura malufista, embora tenha alegado que não poderia se manifestar em nome da instituição.

02. As notícias do encontro de São Paulo não repercutiram positivamente lá pelos lados do Planalto e mais proximamente do Palácio dos Bandeirantes. Justamente na semana em que o governador Mário Covas dá claros sinais de que aceita candidatar-se à reeleição, os aliados de FHC em Brasília migram para os lados daquele a quem os tucanos entendem ser o inimigo número 1. Detalhando melhor: em âmbito nacional, apóiam o governo e o PSDB, agora quando vêm a São Paulo, o maior estado da União, são opositores a Mário Covas e ao PSDB…

03. O reverso da moeda também é inevitável e pode jogar mais lenha na fogueira das vaidades tucanas. E mais do que provável que Maluf apóie Fernando Henrique para presidente, o que de certa forma aniquila a chance de um ataque arrasador do PSDB a Maluf em São Paulo, com denúncias, escândalos, malversação do dinheiro público e outras coisas mais. Até mesmo, o prefeito Celso Pitta, que têm sido castigado pelas chuvas e pelas críticas, terá que ser poupado, ao menos pelos tucanos. Qualquer acusação mais grave pode acabar respingando em FHC e seus pares de governo e comprometer impiedosamente o projeto presidencial.

04. As vésperas da votação da reforma previdenciária, FHC não deve ter gostado nada, nada do que viu em São Paulo. Mas, para Covas pode ter significado o fim da linha… E de uma velha amizade.

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